Levantamento realizado pela equipe do laboratório Frischmann Aisengart – que integra a Dasa, líder brasileira em medicina diagnóstica, analisou pacientes entre 0 a 19 anos.
Um levantamento realizado em pacientes de Curitiba (PR) com idade entre 0 a 19 anos registrou aumento no índice de gordura em crianças e adolescentes desde o início da pandemia do coronavírus. A pesquisa, realizada pelo time do laboratório Frischmann, medicina diagnóstica da Dasa, aponta uma elevação de 28,52% para 33,26% nos resultados de exames que registram um nível de gordura superior ao desejado para esse grupo de pacientes.
Liderada pela Endrocrinopediatra e diretora médica da Dasa, Dra. Myrna Perez Campagnoli, a pesquisa avaliou os níveis de triglicerídeos, colesterol total e colesterol HDL (o “colesterol bom”) em 36.658 pacientes, sendo 54,8% do sexo feminino e 45,2% do sexo masculino. A análise compreende os períodos entre 1º de abril de 2019 a 31 de março de 2020 (pré-pandemia) e 1º de abril de 2020 a 31 de março de 2021 (durante a pandemia).
Colesterol Total e Triglicerídeos
Ao avaliar os números dos exames de Colesterol Total e Triglicerídeos, que possuem relação principalmente com hábitos alimentares, foi observado que 32,33% dos exames no período pré-pandemia estavam acima do intervalo de referência. Durante a pandemia, o número subiu para 36,91%. Dra. Myrna explica que os dados apontam para uma piora nos hábitos alimentares nos últimos 15 meses, que pode ser ocasionada pelo fato das crianças estarem fora de sua rotina habitual e pela ansiedade do momento atual.
Colesterol HDL, o “colesterol bom”
O HDL é o colesterol considerado bom para a saúde e tem relação estreita com a prática de atividades físicas. São considerados níveis normais aqueles maiores que 45 mg/dL. No período pré-pandemia, 20,89% dos exames estavam abaixo desta faixa. Esse número subiu para 25,96% durante o período de disseminação do coronavírus. Para Dra. Myrna, a diminuição dos níveis de HDL está diretamente relacionada à redução de atividades físicas no último ano.
Segundo a endocrinopediatra, a principal consequência dessas mudanças no padrão lipídico das crianças e adolescentes é o aumento do risco cardiovascular. As alterações podem, também, estar relacionadas ao aumento na taxa de obesidade da faixa etária analisada, demonstrado por vários artigos.
O que fazer para reverter ou evitar alterações nos níveis de colesterol?
Diante dos resultados, a endocrinologista e diretora médica da Dasa pede para que pais e responsáveis se atentem às seguintes dicas:
– Prestar atenção na alimentação da família, que deve ser balanceada e saudável no dia a dia.
– Reduzir o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas.
– Aumentar o consumo de fibras, como frutas, verduras e alimentos integrais.
– Incentivar a atividade física, brincadeiras e atividades de lazer.
– Reduzir o tempo de tela