O check-up ginecológico é uma parte essencial da saúde feminina em todas as fases da vida e suas recomendações podem variar de acordo com a faixa etária.
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Por este motivo, é importante que a consulta ao ginecologista aconteça anualmente, ou de acordo com a orientação do médico a cada consulta.
Pode haver diferenças de acordo com os resultados dos exames mais recentes, antecedentes familiares, doenças crônicas já diagnosticadas ou outros tratamentos que precisam de acompanhamento mais frequente.
Confira a seguir um guia geral sobre as diferenças no check-up ginecológico nos diferentes estágios da vida, elaborado pelo Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.
Adolescência (até os 18 anos)
Durante a adolescência, é importante estabelecer uma relação de confiança com um ginecologista. O foco principal pode ser educação sobre saúde reprodutiva, prevenção de gravidez indesejada, orientação sobre higiene íntima e vacinação contra o HPV. Consultas anuais podem ser recomendadas para acompanhar o desenvolvimento e esclarecer dúvidas.
Principais exames
– Exame físico ginecológico
– Orientações sobre vacinação
– Testes de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), dependendo da idade, atividade sexual e riscos individuais – Aconselhamento anticoncepcional (se aplicável)
Idade adulta jovem (18-40 anos)
Nesta fase, os check-ups ginecológicos podem se concentrar em diferentes áreas, dependendo das necessidades individuais. Exames de rotina incluem o Papanicolau para detecção precoce de câncer cervical, exame de mama para detectar nódulos ou alterações, e discussões sobre contracepção e planejamento familiar. Testes de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) também podem ser realizados, especialmente se houver mudança de parceiro sexual.
Principais exames
– Exame físico ginecológico
– Testes de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), dependendo da idade, atividade sexual e riscos individuais
– Aconselhamento sobre contracepção e planejamento familiar
– Papanicolau (Papanicolaou) ou Citologia Oncótica
– Exame de Mamas
– Podem ser solicitados ultrassonografias e outros exames laboratoriais para complementar a avaliação
Perimenopausa (início dos 40 anos até a menopausa)
Durante este período de transição para a menopausa, os check-ups ginecológicos podem incluir discussões sobre sintomas como ondas de calor, alterações no ciclo menstrual e saúde óssea. Os exames de rotina continuam, mas o médico pode começar a monitorar os níveis hormonais e discutir opções de terapia hormonal para aliviar os sintomas da menopausa, se necessário.
Principais exames
– Exame físico ginecológico
– Testes de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), dependendo da idade, atividade sexual e riscos individuais
– Papanicolau (Papanicolaou) ou Citologia Oncótica
– Exame de Mamas
– Avaliação Hormonal
– Densitometria Óssea
– Avaliação Cardiovascular
– Podem ser solicitados ultrassonografias e outros exames laboratoriais para complementar a avaliação
Menopausa (geralmente após os 50 anos) Após a menopausa, os check-ups ginecológicos podem se concentrar na saúde óssea, saúde cardiovascular e prevenção de doenças crônicas, como osteoporose e doenças cardíacas. Os exames de rotina continuam, e o médico pode discutir os riscos e benefícios da terapia hormonal de reposição a longo prazo.
Principais exames
– Exame físico ginecológico
– Testes de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), dependendo da idade, atividade sexual e riscos individuais
– Papanicolau (Papanicolaou) ou Citologia Oncótica
– Exame de Mamas
– Avaliação Hormonal
– Densitometria Óssea
– Avaliação Cardiovascular
– Podem ser solicitados ultrassonografias e outros exames laboratoriais para complementar a avaliação
– Avaliação da Saúde Mental e Bem-Estar
– Avaliação da Saúde Sexual
Independentemente da faixa etária, é importante que as mulheres estejam atentas a quaisquer alterações no corpo, como sangramento anormal, dor pélvica persistente, corrimento incomum, alterações nos seios, mudanças nos hábitos de sono, de humor, na libido ou qualquer outra queixa que esteja interferindo na qualidade de vida.
Fonte: Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.