Escola implantou sistema que registra entrada e saída dos alunos e comunica os pais automaticamente.
Que tal saber por mensagem de celular se seu filho entrou e saiu da escola na hora certa, e que durante o período ele permaneceu dentro do colégio? A ideia de informar aos pais os horários de crianças no ambiente escolar foi colocado em prática por uma escola da cidade de Santos-SP, a Onis.
O colégio particular disponibilizou chips eletrônicos presos na manga do uniforme, ao custo de R$ 5 e mais R$ 20 pela manutenção mensal. O serviço eletrônico “dedura” se a criança chegou no horário ao colégiou ou se, por exemplo, fugiu antes do tempo previsto.
A estratégia funciona do seguinte modo: ao entrar na escola, a criança com o chip no uniforme tem sua baixa automaticamente enviada aos pais por mensagem no celular. O mesmo acontece na saída.
Os chips se comunicam com os portões que dão acesso ao colégio, registrando horários de entradas e saídas das crianças.
A ideia é válida sobretudo às crianças que vão e (ou) voltam sozinhas da escola.
Um ponto é importante destacar. O chip citado não entrega aos pais “relatórios” do que o filho fez ou deixou de fazer dentro do colégio.
Vida monitorada – Nem todas crianças vão gostar de saber que sua vida estará sendo vigiada no colégio. No caso do chip, o dispositivo apenas informa os horários que ele passou pelo portão da escola.
A criança, neste caso, continua com autonomia para tomar decisões dentro da escola sem aquela sensação de que “estou sendo monitorada”.
E ter a vida monitorada não é algo interessante. O comportamento e as atitudes da criança na escola devem ser zelados pelos professores, inspetores e diretoria da instituição de ensino.
Para evitar a possibilidade de a criança trocar a camisa com o colega para fugir sem se percebido, por exemplo, a escola anota se os alunos com chip são realmente aqueles que estão usando o uniforme equipado.
Superproteção – Superproteção dos pais é algo discutível. Em muitas vezes traz efeito contrário. Superproteção pode criar um mundo irreal na cabeça da criança, gerando a sensação de que o “papai vai resolver tudo para mim”, o que nem sempre é possível.
A eletrônica possibilita maior monitoramento dos pais mesmo longe dos filhos. Conversar com o filho e com profissionais da área de saúde poderá ser útil na decisão de usar ou não aparatos que ajudem a controlar a vida dos pequenos.