Muitos pais ficam em dúvida se a inteligência dos filhos está ou não acima da média, já que inúmeras crianças acabam tendo comprovado um QI elevado.
De acordo com a Ph.D em Neurociências, Dra em Psicologia, Mestre em Psicanálise e Neuropsicóloga especialista no tratamento de diversos transtornos, Roselene Espírito Santo Wagner, para saber se a criança possui ou não essas características, é necessário realizar a testagem de QI, de forma quantitativa e qualitativa, por anamnese, entrevista e observação clínica, tudo isso com profissionais especializados.
“Temos testes padronizados e fidedignos para testagem de crianças a partir de 02 anos ou até mesmo antes disso. Que permitem medir as habilidades das crianças em áreas de desenvolvimento, tais como: Pessoal ,Social, Adaptativo, Motor, Comunicação, Cognitiva”, explicou.
Segundo a profissional de saúde, cabe aos pais e a escola, observar e entender o funcionamento dos filhos, percebendo seu padrão e interesses intelectuais, a interação social, a rota cognitiva, o perfil emocional, comparando a criança com ela mesma e fases anteriores.
“Para identificar a curva de desenvolvimento e os marcadores esperados dentro de cada fase.
Se houver alguma discrepância, déficit, alterações de comportamento. Que possam ser indicativos de Superdotação, Altas Habilidades ou mesmo TEA ou TDAH, é importante a busca por um profissional da área. Pois quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o prognóstico”, explicou.
Conforme a Dra. já dispomos no Brasil de um instrumento capaz de avaliar o QI em crianças a partir de 2 anos e meio. Porém, como a avaliação das altas habilidades cognitivas/superdotação envolve a investigação de outros indicadores além do QI, é possível que você não encontre ainda a resposta que busca, pois a criança ainda está em tenta idade e franco desenvolvimento.
“No momento, seria importante observar bem o seu filho e tentar entender se o padrão de interesses e nível intelectual prejudicam a interação social com outras crianças da mesma idade e, caso se verifiquem alterações, encaminhá-lo para psicoterapia. Futuramente, a partir dos 6 anos de idade, ele poderá passar por uma avaliação neuropsicológica mais abrangente que identificará os pontos de maior e menor habilidade do funcionamento neuropsicológico, fornecendo subsídios para intervenções mais específicas de estimulação das habilidades cognitivas, adaptativas e sociais”, finalizou.
Fonte: Dra Roselene Espírito Santo Wagner é Ph.D em Neurociências, Dra em Psicologia, Mestre em Psicanálise e Neuropsicóloga especialista no tratamento de diversos transtornos, além de ser habilitada para aplicação de testes psicométricos reconhecidos mundialmente.