O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, realizado por meio de observação direta do comportamento do paciente e de uma entrevista com os pais ou cuidadores. Os sintomas característicos dos transtornos do espectro do autismo (TEA) estão sempre presentes antes dos 3 anos de idade, com um diagnóstico possível por volta dos 18 meses. Normalmente os pais começam a se preocupar entre os 12 e os 18 meses, na medida em que a linguagem não se desenvolve.
Na consulta periódica, o pediatra deverá brincar com a criança para avaliar sua linguagem e nível de interação. Além disso, coletar junto aos pais dados sobre essas habilidades e, caso a criança já esteja na escola, também pedir um relatório de avaliação dos professores. Segue abaixo alguns dos sinais que o pediatra avaliará nas consultas:
- Sinais de autismo
- Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
- Não atender quando chamado pelo nome;
- Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
- Alinhar objetos;
- Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
- Não brincar com brinquedos de forma convencional;
- Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
- Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
- Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
- Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
- Girar objetos sem uma função aparente;
- Interesse restrito ou hiperfoco;
- Não imitar;
- Não brincar de faz-de-conta.
- Irritabilidade,
- Agitação
- Auto agressividade
- Hiperatividade,
- Impulsividade
- Desatenção,
- Insônia
Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais cedo oferece-se um estímulo em idade precoce, o cérebro está formando muitas conexões. Logo, melhoram as chances de formar novas conexões referentes àquela habilidade almejada.
Quanto mais cedo intervir, mais fácil do cérebro responder. Além disso, o pediatra deve estar atento as janelas de oportunidade para desenvolver certas habilidades, que para a linguagem é até os três anos.
TEA não tem cura, mas a intervenção precoce pode mudar o futuro do paciente, melhorando muito a qualidade de vida. Há pacientes com o nível leve que possuem uma vida normal, são casados, têm sua profissão. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são as possibilidades.