Doença, que já foi considerada controlada no Brasil, volta a preocupar a saúde pública com aumento de mais de 1.000% dos casos neste ano
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A coqueluche, que já foi considerada controlada no Brasil, volta a preocupar. Com maior potencial de gravidade em menores de um ano, a doença pode causar infecções em pessoas de todas as idades. A baixa cobertura vacinal é o principal fator relacionado ao aumento de mais de 1.280% dos registros da doença em 2024, atingindo o maior patamar desde 2015. A principal forma de prevenir a doença, como explica a médica infectologista pediátrica Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde, é a vacinação, com reforços na adolescência e idade adulta.
Infecção respiratória aguda caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, a coqueluche é altamente contagiosa e apresenta crescimento exponencial no número de casos no Brasil e em vários países em 2024. No Brasil, de acordo com o painel do Ministério da Saúde, foram 2.953 registros de coqueluche neste ano até agora. Ao todo, foram registradas 12 mortes. Os estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal concentram a maior parte dos registros nesse ano.
“O esquema primário de imunização deve ser iniciado aos 2 meses de vida com novas doses aos 4 e 6 meses. Reforços estão programados ainda na infância entre15 e 18 meses, entre 4 e 6 anos e entre 9 e 11 anos. Gestantes merecem especial atenção e devem ser vacinadas para oferecer proteção a seus bebês nos primeiros meses de vida, até que possam ser imunizados”, destaca a especialista do Sabin.
Adultos responsáveis pelo cuidado de crianças de baixa idade devem manter atualizada a vacinação para evitar infecções naquelas que ainda não atingiram idade para iniciar ou completar o esquema vacinal e têm maior risco de doença grave. Em muitos casos, bebês adquirem a infecção a partir do contato com irmãos mais velhos, pais, avós e cuidadores que apresentam sintomas leves e, infelizmente, demoram a chegar ao diagnóstico.
“Como a vacina protege por 10 anos, são necessários reforços na adolescência e idade adulta”, alerta a infectologista pediátrica. A vacina para o público adulto em geral está disponível apenas na rede particular. A vacina dTpa (tríplice bacteriana adulto acelular) está disponível para início do esquema de imunização ou reforço em adultos, conforme histórico prévio. Para indivíduos que pretendem viajar para áreas endêmicas de poliomielite, a dTpa+VIP, que combina a proteção contra poliomielite, pode substituir a dTpa.
Tratamento
O tratamento da coqueluche envolve o uso de antibiótico, que ajuda a reduzir a gravidade dos sintomas quando iniciado precocemente. Cuidados de suporte, como hidratação e controle da febre, são igualmente importantes, indica Sylvia. “Todo o tratamento deve ser orientado por um médico, visando evitar complicações”, finaliza a infectologista pediátrica do Sabin.
Fonte: médica infectologista pediátrica Sylvia Freire – Sabin Diagnóstico – Com 40 anos de atuação, o Grupo Sabin é referência em saúde, destaque em gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades onde está presente.