Especialista e ginecologista comenta sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento da doença
Segundo os dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 50% das mulheres férteis no Brasil são atingidas por miomas. Os fibromas, ou miomas, como são popularmente conhecidos, são tumores benignos que se formam no tecido muscular do útero e, apesar de serem nódulos identificados, não estão relacionados a nenhum tipo de câncer.
Por isso, o Dr. Thiers Soares, ginecologista especialista em miomas, listou 3 fatos sobre miomas que toda mulher precisa saber. Confira:
1- Sintomas
Cólicas intensas, sangramento excessivo, aumento do volume abdominal e dificuldade para engravidar são alguns dos sintomas de mulheres que sofrem com miomas. Sintomas esses que podem ser considerados “normais” por muitas mulheres, mas que podem interromper a chance de serem mães.
2- Dificuldade no diagnóstico
Segundo o especialista, muitas pacientes enfrentam dificuldades para receber o diagnóstico da doença, já que grande parte das mulheres se manifesta de forma assintomática ou apresentam os sintomas considerados ‘’comuns’’ por elas.
Mas, o Dr. Thiers alerta, a doença traz alguns riscos para a saúde como, por exemplo, desencadear anemia, ou mesmo comprimir órgãos próximos da região uterina, como o intestino e a bexiga. Além da dificuldade para engravidar por conta dos nódulos.
Por isso, é essencial que as mulheres mantenham uma rotina de acompanhamento médico, com a realização de exames preventivos regularmente, que podem ajudar na identificação rápida da doença.
3- Tratamento
Há muitas maneiras para o tratamento dos miomas. Uso de hormônios, por exemplo, como pílulas anticoncepcionais pode ser um método utilizado para o tratamento. Quando há a necessidade de intervenção cirúrgica, inicialmente, o tratamento conservador é indicado. Esse procedimento é chamado de miomectomia (retirada de miomas e preservação do útero). Quando não há mais o desejo de engravidar e não há mais o desejo de preservar o útero, a histerectomia (remoção total do útero) é a opção indicada.
No caso desta opção, pode-se usar a opção de cirurgias minimamente invasivas como a laparoscopia e a robótica (com pequenas incisões). A cirurgia robótica vem crescendo exponencialmente no Brasil e no mundo, sendo a grande aposta para dominar as cirurgias abdominais no futuro.
Fonte: Dr. Thiers Soares – Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), atualmente médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL).