“Parto prematuro e baixo peso são alguns dos problemas que podem ser acarretados por doenças odontológicas não tratadas durante a gestação. Por isso, o pré-natal odontológico deve fazer parte do planejamento de quem pretende engravidar ou já está grávida”, afirma Dr. José Henrique. Os hormônios, que causam uma revolução típica nessa fase, acabam por deixar a mulher mais predisposta a infecções bucais. Além disso, os hábitos alimentares também sofrem muitas alterações durante a gravidez (a maior ingestão de açúcar é uma delas) e uma higienização sem atenção pode favorecer inflamações na cavidade bucal.
Algumas inflamações e infecções são mais comuns nessa fase. O sangramento gengival é uma delas, e pode ser a mais frequente. Isso porque há uma maior vascularização da área chamada periodonto (gengiva, dentes, ligamentos e ossos), e a falta de higiene ou a higiene incorreta favorece a formação de placa bacteriana. Ao escovar os dentes, a gengiva sangra”, detalha o diretor do INPAO Dental.
Essa inflamação por causa do acúmulo de placa bacteriana, mais conhecida como gengivite, acomete boa parte das grávidas, portanto é melhor ter atenção, pois nem sempre ela causa dor no estágio inicial. A gengiva avermelhada, inchada e o mau hálito são alguns dos sinais.
A periodontite, por sua vez, é uma evolução da gengivite. Ela causa a perda dos tecidos de suporte dos dentes e é bem presente entre as grávidas. Além dos sintomas da gengivite, a periodontite apresenta pus e provoca o amolecimento dos dentes. O estudo “Doença periodontal na gravidez e baixo peso ao nascer”, publicado no Jornal da Pediatria, indica, inclusive, que ela pode ocasionar parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascimento.
Aleitamento materno – Pode contribuir para a prevenção de diversas doenças, mas você sabia que ele também pode evitar problemas bucais? O Dr. José Henrique de Oliveira, explica que o ideal é que o arco dentário superior fique ligeiramente encobrindo o arco dentário inferior. “Modificações nesse, digamos, ‘encaixe’ pode causar problemas nos dentes, na musculatura facial e na gengiva, por exemplo”.
Alguns sinais da má oclusão dental são: alterações faciais (queixo muito pequeno ou muito alongado), dentes desgastados, dores de cabeça, zumbido, desconforto ao mastigar e problemas na articulação da mandíbula.
Higiene bucal do bebê – Os cuidados bucais na infância devem ser pensados desde o nascimento do bebê. “As gengivas precisam ser higienizadas com uma gaze úmida, em movimentos delicados, pelo menos duas vezes ao dia, após a amamentação. Isso contribui para evitar o acúmulo de leite e garantir dentes mais fortes e saudáveis”.
Doenças Crônicas – A falta de higiene bucal pode acarretar doenças periodontais (gengivas e suporte ósseo) e cáries, com possibilidade de evoluir para problemas endodônticos (canal). Esses focos de infecção na boca, além do problema local, agravam as doenças crônicas preexistentes, como diabetes, por exemplo.
Os pacientes diabéticos devem estar compensados, ou seja, com a doença controlada, principalmente quando são realizados procedimentos odontológicos que envolvem sangramento, cirurgias e raspagens profundas, pois a cicatrização desses pacientes é bastante deficitária. “Além disso, o processo inflamatório gerado por problemas bucais dificulta a absorção de insulina, aumentando a resistência insulínica dos pacientes diabéticos. Dessa forma, haverá uma maior descompensação glicêmica por parte destes pacientes”, explica o cirurgião-dentista e diretor de Operações do INPAO Dental, Dr. José Henrique de Oliveira.
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