Vitor e a mãe Fernanda superaram juntos o acidente acontecido no final de 2020 e os curativos foram feitos até fevereiro de 2022
Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras, crianças são vítimas em 30% dos acidentes, sendo 90% deles em situações que acontecem dentro de casa e que poderiam ser prevenidas. Anualmente, cerca de 1 milhão de brasileiros sofrem queimaduras, que variam de casos leves a situações de extrema gravidade.
Como foi o caso do menino Vitor Júnior Leonel Mendes, que sofreu um sério acidente logo depois do Natal, em 2020. Em 26/12, ele e um primo estavam brincando em uma fogueira no quintal de casa, em Avaré, SP. O primo resolveu ir no carro do pai do Vitor e conseguiu encher um copo com gasolina. Ele atirou o copo na fogueira, uma explosão jogou o copo para o alto e a gasolina em chamas caiu no corpo do Vitor, que tinha 7 anos.
Vitor foi levado às pressas para um pronto socorro e, em seguida, para o Hospital Padre Emílio, em Catanduva, SP, a 4h de onde a família morava. Ele teve 66% do corpo queimado (dos ombros para baixo), com queimaduras de 3º grau, passou por quatro cirurgias de enxerto e ficou quatro meses e 13 dias internado. De Dezembro de 2020 a Junho de 2021, Vitor usou um curativo convencional, com uso de gaze rayon, pomada e faixa. A cada troca — que aconteciam de cinco a sete dias — as dores eram absurdas, Vitor chorava muito e a pele ia ficando cada vez mais sensível. A mãe (Fernanda) acompanhava tudo de perto, semana após semana.
Em julho de 2021, já em casa, uma enfermeira do SUS, que atendia o Vitor, recomendou o uso de um outro modelo de curativo, também fornecido pelo Ministério da Saúde, e que poderia aliviar o sofrimento do menino. Depois que passou a usar o Biatain Silicone Ag, da Coloplast, a mudança foi imediata: Vitor deixou de sentir dor na troca de curativo e perdeu todo o medo que sentia até então. Além disso, a cicatrização foi acelerada, permitindo que ele voltasse à rotina de uma criança saudável. “Eu sou testemunha do quanto essa troca foi importante para o meu filho. Ficou outra criança. E, se hoje ele está bem, foi porque mudamos de curativo e isso ajudou demais na reação dele ao tratamento”, diz a mãe, que acrescenta: “Uma enfermeira ainda nos disse que, se ele estivesse no curativo anterior, estaria fazendo a troca até hoje”.
“Como o silicone não adere à ferida, a troca de curativo se torna bem menos traumática para a criança. É um alívio para ela, para a família e até para nós, enfermeiras. Há casos em que, com o curativo convencional, a troca leva até duas horas, já que a criança nem deixa ser tocada, de tão assustada que fica com a dor que sente”, revela Karina Sadao, enfermeira da Coloplast.
Vitor deixou de fazer curativo em fevereiro deste ano (já em casa) e, em maio, fez um ano que teve alta do hospital. Seu tratamento será de longo prazo, com acompanhamento de 3 em 3 meses e, hoje, ele usa uma malha para proteção da pele. Mas já está de volta à escola, se recuperando e brincando com os amigos e os outros cinco irmãos que tem.
Fonte – Karina Sadao, enfermeira da Coloplast.