Crianças de até 2 anos Usando Internet estão em 44% dos Lares

O que isso significa na prática?

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Se há alguns anos a preocupação era o tempo de tela de adolescentes, hoje nos deparamos com um dado alarmante: 44% das crianças de até 2 anos já usam a internet e a posse de celulares entre crianças dobrou na última década, segundo o Cetic.br.

O que isso significa na prática? Estamos falando de bebês e crianças pequenas tendo contato com dispositivos digitais antes mesmo de desenvolverem plenamente a linguagem ou habilidades motoras. O que antes era uma exceção, agora é rotina: tablets no carrinho de bebê, celulares para distrair na hora da refeição e até apps projetados para “acalmar” os pequenos. Mas até que ponto essa exposição precoce é inofensiva?

Os pais, muitas vezes, veem a tecnologia como uma aliada para manter as crianças entretidas, mas acabam reproduzindo o mesmo comportamento que criticam. Enquanto escolas e especialistas discutem a proibição de celulares no ambiente escolar, as crianças voltam para casa e encontram seus responsáveis grudados na tela, muitas vezes no meio de interações familiares essenciais.

professor Paulo Jubilut, biólogo pela UFSC e especialista em ensino e tecnologia educacional, tem acompanhado de perto os desafios do uso de telas na educação e acredita que a discussão não pode se limitar a “proibir ou liberar”. Segundo ele, o verdadeiro problema não é a tecnologia em si, mas como ela é utilizada e qual exemplo os pais estão dando para seus filhos.

Comportamento familiar:

  • O impacto do exemplo dos pais no consumo de telas pelas crianças – Estudos indicam que 40% dos pais não largam o celular nem na hora do jantar. Se a criança vê o responsável conectado o tempo todo, qual mensagem ela recebe?
  • Celulares e aprendizado infantil: aliados ou vilões? – Como a tecnologia pode ser usada de forma estratégica para estimular o aprendizado em vez de apenas distrair?
  •  A escola sem celular x a casa hiperconectada – Se os colégios impõem restrições, mas dentro de casa o uso de telas é ilimitado, qual é o verdadeiro impacto dessa política?

Fonte:  Professor Paulo Jubilut, biólogo pela UFSC e especialista em ensino e tecnologia educacional.

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