20% dos brasileiros sofrem com o desvio de septo
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Descubra o que causa e como tratar a enfermidade que incomoda milhões de pessoas no país
O desvio de septo é uma condição na parte interna do nariz na parede que separa as narinas. Quando o desvio ocorre, torna uma das passagens menor que a outra. Pode ser causado ao nascer, por lesões como acidentes ou quedas, no desenvolvimento errôneo dos ossos no processo de crescimento e, até mesmo, por inflamações ou alergias crônicas. A Academia Brasileira de Rinologia estima que o desvio de septo atinge 20% dos brasileiros.
Idealmente, a estrutura interna da parede do nariz deve estar centralizada, dividindo o nariz em dois orifícios simétricos. Porém, em muitos casos, o septo nasal encontra-se desviado, ou não centralizado, estreitando a passagem de ar pelas narinas, e constituindo o que chamamos de desvio do septo nasal. O desvio de septo se torna um problema quando interfere na respiração. Em casos mais graves, pode bloquear um lado do nariz e causar dificuldade para respirar, dificuldade para assoar o nariz, sinusite recorrente, apneia do sono, entre outros problemas.
“Esta condição pode ser corrigida através de uma cirurgia realizada pelo médico otorrinolaringologista, mas deve ser muito bem avaliada antes da indicação do procedimento”, conta o médico Rodrigo Miranda, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina. Segundo o especialista, nem todo paciente é candidato à cirurgia ou terá grande benefício com o procedimento. “O otorrinolaringologista deve observar o grau de obstrução nasal e suas relações com outros fatores, como alergias, roncos e rinossinusites entre outros. Se bem indicada, a septoplastia, cirurgia para correção do desvio do septo nasal, pode obter resultados fantásticos, com grande aumento de saúde e principalmente de qualidade de vida para o paciente”, afirma.
A cirurgia é a recomendação para os casos de sintomas recorrentes, mas o tratamento também pode incluir anti-histamínicos, descongestionantes nasais, esteroides e, até mesmo, a utilização de uma fita adesiva para abrir as vias nasais. “Existem diversas maneiras para reduzirmos e tratarmos os efeitos do desvio de septo. Obviamente, cada caso precisa ser analisado de maneira bem particular, mas existem alguns tratamentos, que não passam pela cirurgia, que podem reduzir consideravelmente o incômodo”, completa o especialista
Fonte: médico Rodrigo Miranda, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina.