Dia da Infância: Conheça os Benefícios da Vacinação para a Saúde das Crianças


A imunização é uma aliada da saúde infantil, evitando a mortalidade e aumentando a expectativa de vida

Mas, mesmo com diversas vacinas disponíveis gratuitamente para a imunização de bebês e crianças nos postos de saúde, além das clínicas privadas, nos encontramos em um cenário preocupante de baixas taxas de cobertura vacinal. Vacinas combinadas podem ajudar na manutenção da caderneta de vacinação atualizada.

Sabe-se que viver a infância em sua plenitude é fundamental para o desenvolvimento humano e serve de alicerce para toda a vida adulta. Nos seus primeiros anos de vida, as crianças necessitam de condições adequadas para que o seu crescimento seja saudável, seguro e feliz. Amor, educação, respeito e uma alimentação adequada são algumas dessas bases essenciais, e isso irá refletir por todas as demais etapas da vida. Mas outro cuidado, tão importante quanto, merece uma atenção especial: a vacinação infantil.  

Neste mês em que se comemora o Dia da Infância, em 24 de agosto, Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, pós-graduada em imunologia e gerente de assuntos médicos de vacinas da biofarmacêutica GSK, ressalta a vacinação como uma aliada da saúde infantil, evitando a mortalidade e aumentando a expectativa de vida.  
 

“Cuidar das crianças hoje é assegurar uma sociedade saudável no futuro, e a vacinação é um dos nossos principais parceiros nesta missão. Os bebês nascem com um sistema imunológico extremamente imaturo e as vacinas atuam justamente estimulando a produção de anticorpos contra vírus e bactérias causadoras de diversas doenças graves. Dessa forma, quando um bebê ou uma criança recebe uma vacina, o seu sistema imunológico é estimulado a desenvolver a proteção antes mesmo de ter contato com a doença no organismo”, explica Ana Medina. 

Para bebês e crianças, o Ministério da Saúde orienta a vacinação de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas vacinas oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite, coqueluche, hepatite A, hepatite B, tuberculose, pneumonia, meningites, febre amarela, sarampo, gripe, COVID-19, entre outras.  

Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças. As vacinas disponíveis na rede privada podem fornecer, por exemplo, uma proteção mais ampla contra a meningite meningocócica. O PNI fornece a proteção para a meningite meningocócica tipo C em bebês e para os tipos A, C, W e Y em adolescentes. Já na rede privada, bebês, crianças e adolescentes podem receber a proteção contra os 5 tipos que têm prevenção (A, B, C, W e Y), com diferentes vacinas. 7,8

O perigo da baixa cobertura vacinal

As vacinas salvam milhões de vidas anualmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a imunização atualmente previne de 3,5 a 5 milhões de mortes todos os anos por doenças como difteria, tétano, coqueluche, influenza e sarampo. 9 Mas, mesmo com todos os benefícios que conhecemos, e com diversas vacinas disponíveis de forma gratuita pelo SUS, estamos acompanhando baixos índices de cobertura vacinal nos últimos anos e vivenciando o ressurgimento ou alto risco de ressurgimento de doenças que estavam eliminadas, como sarampo e a poliomielite.

Responsável por diversas epidemias no Brasil e no mundo, a poliomielite, também conhecida por paralisia infantil ou pólio, foi considerada eliminada no país em 1994, mas, infelizmente, a doença corre grande risco de ser reintroduzida por aqui. O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de 95% do público-alvo vacinado, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.  

“Segundo um relatório do Unicef, o Brasil tem a segunda pior taxa de vacinação em bebês da América Latina, ficando atrás apenas da Venezuela, e ocupa a 12ª posição entre os países com a maior taxa de crianças que não receberam nenhuma dose de vacina em 2021. Além disso, dados atuais do Ministério da Saúde nos mostram que a vacina da gripe, por exemplo, não atingiu a cobertura desejada até o momento. A cobertura de vacinação para a pólio, ficou em torno de 67% em 2021 e, neste ano, até junho, a cobertura do primeiro reforço contra a doença estava em pouco mais de 39%”, alerta Ana Medina, que complementa: 

“Tudo isso é muito preocupante. Por ter um sistema imunológico ainda em construção, os bebês e as crianças são mais suscetíveis a contrair doenças imunopreveníveis e a desenvolver quadros mais graves, principalmente nesses períodos de baixas coberturas vacinais. Por isso, é preciso que os pais se conscientizem, olhem a caderneta de vacinação de seus filhos e mantenham todas as doses em dia, incluindo as doses de reforço também, para que não fiquem desnecessariamente vulneráveis”.

Os benefícios da imunização com vacinas combinadas

Desde o seu nascimento, passando pela primeira infância, até a adolescência, diversas vacinas e doses são recomendadas para proteção contra doenças infecciosas graves. 5,7,8 A fim de reduzir o número de injeções que uma criança recebe na visita a um médico e, consequentemente, ajudar a manter a caderneta de vacinação atualizada, alguns imunizantes são oferecidos como vacinas combinadas. 11,12 Ana Medina explica mais: 

“Uma vacina combinada é composta de duas ou mais vacinas diferentes que foram combinadas em uma única injeção. Ou seja, as crianças recebem a proteção para diferentes doenças, mas ao invés de vacinas individuais aplicadas separadamente, é aplicada uma única vacina para essas doenças. Dessa forma, as vacinas combinadas ajudam a diminuir o número de picadinhas na criança, melhoram a adesão e ajudam pais e profissionais de saúde a manter a caderneta de vacinação das crianças atualizada, significando menos atrasos na proteção de doenças.”  

Um exemplo é a vacina combinada pentavalente de células inteiras, que protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, heptite B e infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. Ela faz parte do calendário nacional de imunização e está disponível nos postos de saúde gratuitamente para crianças pequenas.  

Já na rede privada, está disponível a vacina hexavalente acelular, que protege contra seis doenças em uma única vacina: coqueluche, difteria, tétano, poliomielite, hepatite B e infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. Também na rede privada está disponível a vacina pentavalente acelular, que protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. Lembrando que as vacinas prevenidas pelas vacinas pentavalentes do sistema público e privado protegem contra doenças diferentes e a vacina hexavalente previne todas as seis doenças cobertas por ambas as vacinas pentavalentes.  

A recomendação de vacinação para essas doenças é de três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, com o primeiro reforço aos 15 meses de vida.  

“Uma diferença importante entre essas vacinas é que as pentavalentes protegem contra uma doença a menos que a hexavalente, ou seja, para proteger contra as mesmas doenças que a hexavalente protege será necessário administrar a pentavalente e mais uma outra vacina na mesma visita. Nesse caso fica uma injeção ao invés de duas”, explica Ana Medina.

Consulte o seu médico.

Fonte: A GSK é uma biofarmacêutica multinacional, presente em mais de 80 países, que tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças e impactar a saúde global.

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