Para neuropedagoga, é possível celebrar a data de forma a garantir que todos os alunos possam participar, sentindo-se valorizados
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Dia das Mães está chegando e, apesar de ser uma data de grande celebração, também pode gerar emoções mistas entre crianças e adolescentes, especialmente no caso dos que não têm uma figura materna presente ou que vêm de estruturas familiares não tradicionais. Por essa razão, a abordagem da data nas escolas precisa contar com muita sensibilidade e senso de inclusão por parte dos profissionais de educação.
Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional, além de diretora do Grupo Rhema Neuroeducação, uma estratégia que pode ser usada em sala de aula é ampliar o foco para celebrar figuras de cuidado e apoio em geral, não apenas mães. “Além disso, discussões em sala de aula podem ser guiadas para que os alunos expressem quem são as pessoas significativas em suas vidas que oferecem amor e cuidado, seja um pai, um avô, um tutor ou até um irmão mais velho”, orienta.
A neuropedagoga também indica atividades, como a criação de cartões ou artesanatos, que os alunos possam dedicar a qualquer pessoa que considerem especial, garantindo que ninguém se sinta excluído. “O Dia das Mães também pode ser encarado como uma oportunidade de envolver toda a comunidade escolar em uma celebração inclusiva da família. Escolas podem organizar eventos ou projetos que as incluam, como um “Café da Manhã em Família”, onde todos são convidados a participar ou um mural de fotos da “Árvore de Família”, onde crianças podem trazer fotos de suas famílias para serem postadas em um mural comemorativo”, sugere.
No caso dos alunos neurodivergentes, Mara acredita que o Dia das Mães é uma excelente oportunidade para os profissionais trabalharem habilidades específicas dos alunos de forma inclusiva. “Por exemplo, para alunos com dificuldades motoras, é possível escolher atividades de arte que permitam o uso de materiais adaptados ou técnicas simplificadas, como pintura com esponjas ou colagem para que possam participar ativamente. Ou para alunos com autismo ou sensibilidade sensorial, é possível oferecer opções de trabalho em ambientes mais tranquilos ou com menos estímulos visuais e sonoros”, afirma.
Um ponto importante sugerido por Mara é que os profissionais da área de educação devem focar em estimular habilidades sociais e de comunicação por meio de atividades em grupos pequenos, para que os alunos neurodivergentes possam interagir com seus colegas em um ritmo confortável e com suporte. “Essas abordagens ajudam a garantir que todas as crianças possam participar de maneira significativa, sentindo-se valorizadas durante essa data especial, independentemente de suas circunstâncias ou capacidades pessoais”, finaliza.
Fonte: Mara Duarte da Costa é neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional, além de diretora do Grupo Rhema Neuroeducação. Grupo Rhema Neuroeducação foi criado por Fábio da Costa e Mara Duarte da Costa há mais de 14 anos com o objetivo de oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas envolvidas no processo do desenvolvimento infantil, tanto nas áreas cognitivas e comportamentais, quanto nas áreas afetivas, sociais e familiares