Dia das Mães: é Possível, sim, Engravidar após um Câncer Ginecológico

Tratamentos oncológicos estão muito mais avançados, seguros e permitem às pacientes realizarem o sonho de ser mãe

Os cânceres ginecológicos, ao contrário do que se pensa, podem acometer mulheres jovens. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 30 mil mulheres recebem esse diagnóstico anualmente. Apesar do número alarmante, os avanços na medicina permitem que as mulheres que têm o sonho de serem mães possam realizá-lo mesmo após um câncer ginecológico.

Até há pouco tempo, quando uma mulher recebia o diagnóstico de câncer de colo, útero ou ovário, não se cogitava a qualidade de vida e o desejo de preservar as funções hormonais femininas e a fertilidade. “Agora, no entanto, novas modalidades de tratamento contra esses tumores preservam os órgãos e suas funções. Podemos, por exemplo, recomendar medicações que protegem a função dos ovários durante a aplicação de quimioterapias, procedimento que costuma levá-los à falência.”, explica Dra. Audrey Tsunoda, cirurgiã oncológica do Hcor.

Ainda de acordo com a médica, os novos protocolos internacionais recomendam a remoção completa do útero e dos ovários apenas nos casos em que essa ação possa realmente fazer diferença no tempo de vida após o tratamento da mulher jovem. Uma cuidadosa avaliação de exames de imagem e das biópsias, associadas a técnicas de cirurgia minimamente invasiva e margens de segurança adequadas, beneficiam mulheres que desejam atenção mais individualizada. Uma equipe experiente na abordagem desses tumores, alinhada a tais protocolos, oferece os melhores resultados, com importante ganho na qualidade de vida.


 “Uma outra ferramenta muito eficiente para diversos tumores é a radioterapia. As técnicas evoluíram muito, atualmente incluindo planejamento cuidadoso com imagens de ponta. Entretanto, quando se trata de tratar tumores dos órgãos do ventre, como por exemplo os tumores da parte final do intestino (reto), o útero e os ovários podem sofrer danos irreversíveis durante o tratamento. Uma nova técnica chamada ‘transposição uterina’ consiste em transferir cirurgicamente os órgãos reprodutivos da mulher para a parte de cima do abdômen. Ao término do tratamento com a radioterapia, tais órgãos são reposicionados no seu local habitual. Isso permite preservar as funções hormonais, sexuais e reprodutivas”, afirma a médica.

Com os métodos mais atuais, além de a qualidade de vida ter sido incorporada às decisões das mulheres, elas têm a chance de realizar um tratamento preciso, tecnológico e com menos complicações. Ao longo dessa jornada, é realizado um trabalho com equipe multidisciplinar, que agrega melhores decisões aos planos de tratamento, com foco na paciente como um todo. “Inclusive, existe a possibilidade de gravidez natural após tratamentos oncológicos. E, quando necessário, as técnicas de fertilização servem para melhorar as chances dessas mulheres se tornarem mães”, finaliza Dra. Audrey.

Fonte: O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
 

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