Esclarecimentos de professora da Unifesp confirmam a urgência do autocuidado, como um dos pontos de alerta na data internacional
Todo mundo sabe que é preciso cuidar da saúde, mas os números mostram que a realidade já não é assim há algum tempo. Levantamento da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), de 2018, mostra que 20% das brasileiras acima dos 16 anos não vão ao ginecologista com regularidade.
Considerando o Dia Mundial da Saúde, neste 7 de abril, a farmacêutica global Organon, especializada em saúde da mulher, convidou a ginecologista e obstetra, professora Associada Livre-Docente na Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e membro da FEBRASGO, Dra. Cristina Guazzelli para pontuar três principais motivos para as mulheres não protelarem a consulta ginecológica, que deve ocorrer ao menos uma vez ao ano.
1. Avaliar o ciclo menstrual
“É importante compreender sobre o próprio calendário menstrual e observar se há presença de dor ou outra queixa no período que rodeia o período”, pontua a Dra. Cristina Guazzelli. Além disso, segundo destaca a entidade FEBRASGO, da qual a médica faz parte, uma menstruação é considerada “normal” quando o fluxo dura até 8 dias e o ciclo varia de 24 a 38 dias. Por outro lado, qualquer sangramento que não tenha essas características pode ser anormal.
2. Obter orientações sobre o início e/ou a decorrência da vida sexual
“Não se pode ignorar dúvidas pessoais sobre o início de vida sexual; se há necessidade de começar o uso de anticoncepção ou qual o método adequado para o perfil da mulher; instruções sobre a possibilidade de se planejar gravidez e a sua fertilidade; relatar queixas de corrimento, ardor vulvar ou outras relacionadas à menopausa, como ondas de calor, irritabilidade, alterações da vontade e desejo de ter relações”, recomenda a doutora.
3. Solicitar exames específicos ou de rotina
Neste sentido, a Dra. Cristina Guazzelli lista alguns exames que podem ser solicitados pela própria paciente com a finalidade de serem diagnosticas ou não pequenas alterações, mesmo antes da presença de qualquer queixa. “O diagnóstico precoce favorece e melhora as chances de tratamento e cura”, ressalta ela. Os exames que a médica indicam são:
- Exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau), desde que já tenha iniciado a atividade sexual;
- Exames laboratoriais gerais, como hemograma, glicemia de jejum, perfil lipídico;
- Mamografia após os 40 anos, para diagnóstico precoce do câncer de mama;
- Ultrassom transvaginal, importante para o diagnóstico de miomas e tumores no ovário e endométrio;
- Densitometria Óssea a partir dos 50 anos, para avaliar a perda de massa óssea e risco de osteoporose.