A tuberculose é uma doença infecciosa que afeta principalmente os pulmões e é facilmente transmitida por meio de contato com aerossóis (pequenas partículas), que são lançadas durante a fala, espirro ou tosse de pessoas com a doença ativa.
Neste Dia Nacional de Combate à Tuberculose (17/11), o clínico geral Carlos Alberto de Oliveira, diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP), alerta para os sintomas e como se prevenir da doença, que atinge cerca de 8,8 milhões de pessoas no mundo.
“A tuberculose mata quase cinco mil pessoas por ano no Brasil, conforme dados das autoridades de saúde. Tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo, suor durante a noite, febre baixa à tarde, falta de apetite, emagrecimento e rouquidão estão entre os sintomas mais frequentes”, explica o médico.
A UPA registrou a internação de 50 pacientes, no período de janeiro a outubro deste ano, para investigar a doença. Deste total, 40% dos casos tiveram diagnóstico positivo para tuberculose.
“Em nossa unidade homens com idade acima de 45 anos são os mais acometidos pela doença”, explica o médico. “Ao dar entrada com suspeita de tuberculose, o paciente passa por um exame que se chama BAAR [Bacilo Álcool-Ácido Resistente]. O exame é realizado através da coleta de secreção, encaminhada para o laboratório e o resultado fica pronto em duas horas”, afirma o profissional.
Prevenção e Tratamento
A vacina BCG é obrigatória para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da tuberculose, como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa. A vacina está disponível nas salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde e em algumas maternidades.
O médico explica que a melhor forma de prevenir a transmissão é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível.
“Embora atinja muitas pessoas, a tuberculose é uma doença possível de ser prevenida, tratada e curada. Após duas semanas do início do tratamento, a pessoa não transmite mais”, afirma o clínico. O tratamento é feito com medicamentos gratuitos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve seguir por um período mínimo de 6 meses, todos os dias e sem interrupção. O tratamento só deve ser concluído quando o médico confirmar a cura total do paciente.
Fonte: clínico geral Dr. Carlos Alberto de Oliveira, diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP)