No momento da compra, há diversas coisas que devemos observar, começando pela indicação de faixa etária que toda embalagem deve conter.
Porém, antes de mais nada, é preciso lembrar que cada criança tem um interesse diferente e que, certamente, deve ser considerado na hora da escolha. Por isso, é uma boa ideia levar a criança na loja para escolher seu próprio brinquedo.“Os pais devem conversar, explicar claramente, o que pode e o que não pode ser comprado, porque o brinquedo não é adequado para a sua idade, se é muito caro para o momento ou, simplesmente, se não é hora de comprar aquele determinado brinquedo”, ensina a psicopedagoga Luciana Pierre, especialista em educação infantil.
Será que as crianças devem ganhar todos os brinquedos que desejam? Parece que psicólogos e pedagogos concordam que a resposta é “não”. E essa não é apenas uma questão financeira. A criança precisa desejar, esperar por alguma coisa, e quando os pais dão tudo o que querem, estão, de certa forma, tirando o despertar de sua imaginação. “A criança precisa ter esperança de receber um brinquedo, sentir o friozinho na barriga com a possibilidade de ganhar alguma coisa nova. Isso é muito importante”, garante a Dra. Luciana.
Se a cada vez que eles quiserem um brinquedo esta vontade é satisfeita de imediato, eles não vão dar valor e ainda vão achar que a vida é assim. “Nossas crianças, infelizmente, vão se frustrar muito e devemos prepará-las para isso, devemos ensiná-las a ser resilientes, que é capacidade que algumas pessoas têm de suportar a frustração”.
Segundo ela, os pais têm uma grande dificuldade de dizer “não” para os filhos, e quem acaba prejudicado são as próprias crianças. “É uma pena, mas parece que os pais hoje em dia têm medo de magoar os filhos”. Os adultos querem impor limites mas concordam em dar tudo o que a criança pede porque dizer “sim”, na maioria das vezes, é mais fácil. “Educar requer trabalho árduo e dedicação integral”, lembra a educadora.