Caso o incômodo na garganta venha acompanhado de febre, pus, dor de ouvido e manchas vermelhas pelo corpo, é hora de procurar por um médico!
Ainda que a dor de garganta seja um problema comum entre as pessoas, dúvidas podem rondar o incômodo pela falta de informação. Pensando nisso, a otorrinolaringologista Dra. Roberta Pilla, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF, explica os motivos da dor de garganta e por qual motivo ela é tão frequente também no verão.
Causas da dor de garganta
De acordo com a especialista, as principais causas da dor de garganta são os processos infecciosos e inflamatórios ocasionados por vírus (como enterovírus e o parainfluenza 3) e bactérias, que levam a quadros de faringite, amigdalite, laringite, gripes e resfriados. “Além disso, fatores irritativos como refluxo, alergia, ar muito seco, fumaça e respiração oral também são fatores causais frequentes”, completa Dra. Roberta.
No verão, a médica ainda ressalta que o uso de ar-condicionado e ventilador pode contribuir para o aparecimento da dor de garganta, uma vez que, sem a manutenção adequada, os dispositivos dispersam ácaros, poeiras e fungos no ambiente. Dessa forma, eles acabam piorando quadros respiratórios e alérgicos.
Já em relação às bebidas geladas, tão refrescantes no verão, serem responsáveis pela dor de garganta, não há estudos que comprovem essa relação. A otorrinolaringologista explica que há quem melhore com o consumo do líquido refrigerado e outros que pioram com a sua ingestão. Portanto, como o quadro varia de um para outro, ele deve ser avaliado individualmente.
Quando é hora de procurar um especialista?
Embora a dor de garganta possa retroceder espontaneamente, é preciso atenção caso ela venha acompanhada de outros sintomas que pedem intervenção médica, como:
- Febre;
- Presença de pus na garganta;
- Dor de ouvido;
- Manchas vermelhas pelo corpo;
- Inchaço ou caroço no pescoço;
- Catarro com sangue;
- Dificuldade para abrir a boca, respirar ou engolir;
- Rouquidão.
Os tratamentos para dor de garganta
O tipo de intervenção médica depende da causa da dor de garganta. Segundo a Dra. Roberta, infecções virais tendem a regredir espontaneamente, sendo necessário apenas o uso de analgésicos e, às vezes, anti-inflamatórios. Pastilhas também são bem-vindas no tratamento. “Já na presença de uma infecção bacteriana, pode ser indicado antibiótico”, completa a especialista.
Em ambos os casos, o paciente também pode recorrer às receitas caseiras, como consumir sopas e chás, em especial de mel e limão.
“Os conselhos para superar um resfriado no verão são os mesmos caso a pessoa o contraia no inverno: beber muito líquido, descansar bastante, comer alimentos nutritivos, evitar: falar alto e consumir bebidas alcoólicas e cigarro; além de sempre tossir ou espirrar no cotovelo ou em lenços de papel”, enumera Dra. Roberta.
Dicas para evitar a dor de garganta
Para fugir do incômodo na garganta, o primeiro cuidado começa com a atualização da carteira de vacinação, ou seja, é preciso receber a imunização contra a gripe anualmente. Combinado a isso, a otorrino recomenda uma alimentação saudável e uma boa hidratação. Se possível, é importante também manter-se distante de pessoas doentes para que assim a transmissão do vírus seja interrompida.
“Outra dica é optar por ambientes limpos e arejados, com o mínimo de ventiladores, pois eles dispersam partículas de mofo, ácaro e poeira no local. Na necessidade do ar-condicionado, é importante que o aparelho esteja bem higienizado e com a umidificação correta do cômodo”, reforça Dra. Roberta. A especialista ainda indica a lavagem constante das mãos e uma boa higiene nasal para evitar a dor de garganta.
Fonte: Dra. Roberta Pilla –
- Otorrinolaringologia Geral Adulto e Infantil
- Laringologia e Voz
- Distúrbios da Deglutição;
- Via Aérea Pediátrica
- Médica Graduada pela PUCRS- Porto Alegre/ Rio Grande do Sul (2003)
- Pesquisa Laboratorial em Cirurgia Cardíaca na Universidade da Pensilvania — Philadelphia/USA (2004)
- Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (2009)
- Mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS- Porto Alegre/RS) (2012-2016)
- Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORLCCF) (2016)
- Membro do Comitê de Educação Médica Continuada da ABORLCCF (2017-2022)
- 2019-2020: Presidente do Comitê de Educação Médica Continuada da ABORLCCF
- 2021- 2022: Secretaria Comitê de Educação Médica Continuada da ABORLCCF
- Médica do Grupo de Otorrinolaringologia e Via Aérea Pediátrica do Hospital Infantil Sabará (SP/São Paulo)
- Médica do Grupo de Otorrinolaringologia e Via Aérea Pediátrica dos
- Hospitais do Grupo Maternidade Santa Joana e Pró-Matre (SP/ São Paulo)
- Médica do Grupo de Otorrinolaringologia do CDB Diagnósticos
- Médica Otorrinolaringologista do Hospital Moriah (SP/São Paulo)
Médica Otorrinolaringologista do Ambulatório da Rede Record de Televisão (SP/ São Paulo