Crianças podem sofrer de dores de cabeça devido à ansiedade e apertamentos de dentes
Cada vez mais, a ansiedade é desencadeadora de alguns fatores que podem ser prejudiciais à nossa saúde. O bruxismo, que pode ser definido como o rangido dos dentes, e o apertamento silencioso, que aparece devido ao excesso de atividade da musculatura mastigatória, podem estar ligados diretamente a dores de cabeça comuns, como cefaleias e enxaquecas.
De acordo com alguns estudos odontológicos de centros pediátricos de todo o mundo, o bruxismo é um dos principais causadores desses episódios de dores de cabeça e, que geralmente, são acompanhados de alguns distúrbios relacionados ao sono. Dentre eles, podemos citar o sonambulismo e o terror noturno.
O Professor Gerson Köhler, especialista em Ortopedia Facial e Ortodontia, conta que o surgimento dessas enfermidades é ocasionado principalmente pela ansiedade e, na maioria dos casos, em crianças e adolescentes. “As crianças muito ansiosas ou hiperativas são mais propensas a serem portadoras de dores de cabeça e ataques mais frequentes de cefaleias, provenientes do apertamentos dos dentes”, afirma.
Fora isso, estudos médicos alergológicos comprovam que crianças que sofrem de rinite alérgica parecem ser até três vezes mais propensas a ranger e apertar os dentes, principalmente no período da noite. “Essa situação caracteriza o que pode ser classificado como uma disfunção neuromuscular de ocorrência durante o sono”, conta Gerson.
Além de dores de cabeça, essas crianças e adolescentes são portadoras, normalmente, também, de anomalias dentofaciais, ou seja, têm uma predisposição a colocar os dentes e as arcadas dentárias em más posições. “Dentre os efeitos dessas anomalias estão sujeitas dores musculares no rosto e nas têmporas, disfunção nas articulações craniomandibulares, que ligam a mandíbula ao crânio, e sensações como dores de ouvido”. Isto se caracteriza por ser uma alteração ortopédica do crescimento do rosto, que deve ser tratada com a precocidade necessária para evitar futuras alterações do bem-estar e qualidade de vida na adolescência e depois na idade adulta, finaliza Köhler.