Embora existam leis contra a discriminação da gravidez no local de trabalho, ela ainda ocorre com frequência.
Marcella Veloso, Gerente Financeira da Avvale | Foto: Divulgação
É o que aponta uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), com de 247 mil mães, entre 24 e 35 anos, que mostrou que metade das mulheres foram demitidas cerca de dois anos após a licença maternidade, ou assim que retornam dela. Outro levantamento do portal Empregos.com.br, feito com 273 mães entre 18 e 45 anos, também constatou que 56% das mulheres entrevistadas já foram desligadas ou têm conhecimento de que outras mulheres foram demitidas após a licença-maternidade. Entretanto, algumas empresas estão na contramão das estatísticas.
É o que prova Marcella Veloso, atual Gerente Financeira da Avvale, uma empresa global de Transformação Digital, cuja promoção aconteceu assim que voltou da licença-maternidade. “Sempre acreditei que família e o progresso na carreira não deveriam afetar um ao outro. Por isso, com o aval do meu líder direto, busquei ajudar a criar um clima organizacional inclusivo para as futuras mamães na Avvale”, conta.
Assim nasceu o Techmommy, programa da Avvale Brasil dedicado a dar o apoio necessário para as mulheres que almejam o crescimento da família e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da carreira.
O principal objetivo do Techmommy é garantir que todas as mulheres do grupo, independentemente do tipo de contratação, tenham os mesmos benefícios dentro da empresa: licença-maternidade de 4 meses mesmo para as contratações de pessoas jurídicas, 10 dias de licença-paternidade, bem como auxílio creche até 2 anos da criança no valor de R$ 350, inclusive para os funcionários que participam de processos de adoção. Além disso, o programa possui licença-maternidade de um mês para mães e 10 dias para pais que perderam seus bebês. Na volta ao trabalho, que funciona de forma híbrida, há ainda a flexibilidade para amamentação, quando são cedidas duas horas livres para amamentar o bebê nos dias em que tiver que ir ao escritório.
Foi por isso que Marcella, que participou da criação do projeto, quando engravidou não teve nenhum receio, pois sabia que teria o apoio necessário para essa nova fase da sua vida. “Eu só não imaginava que seria tão rápido. Eu contei que estava grávida quando tinha o cargo de analista financeira. Fui promovida a supervisora no mês seguinte e, ao voltar da licença-maternidade, passei a ser gerente da área”, comemora.
Para Marcella, assumir essa nova posição a desafiou a ser a melhor versão de si mesma. “Espero ser capaz de mostrar às mulheres com quem tenho a oportunidade de trabalhar, bem como à minha filha, que elas não precisam escolher entre a carreira e a formação de uma família. Que não precisam adiar sua ascensão profissional para perseguir seus objetivos pessoais”, explica.
Esse é o mesmo sentimento de Flávia Chagas, hoje Gerente de Pessoas e Cultura da Avvale, que foi promovida ao anunciar a gravidez. “Eu estava esperando finalizar o primeiro trimestre da gestação para avisar meu líder, quando ele me chamou para uma reunião. Naquela época, eu era Analista de Pessoas e ele me ofereceu assumir a vaga de Gerente da área. Fiquei feliz, mas ao mesmo tempo, como estava grávida, disse a ele que entenderia caso ele optasse por outra alternativa, já que teria que sair de licença em alguns meses. Ele, sem receios, disse que o convite estava de pé. Ser promovida durante minha gestação mostrou que minha condição naquele momento não era problema algum para a Avvale. Adotamos uma abordagem colaborativa para planejar minha saída temporária e estou segura sobre minha volta e minha decisão”, diz.
Vitor Amendola de Souza, Co-CEO da Avvale no Brasil, acredita que cabe às empresas quebrarem esses estigmas no mercado de trabalho. “Fui criado por uma mulher que foi mãe, trabalhadora e que sempre me ensinou que era preciso enfrentar toda discriminação para promover mudanças efetivas. Portanto, sempre tive uma visão progressista das mulheres no local de trabalho”, ressalta.
Para ele, cabe aos que estão na posição de liderança quebrar preconceitos ainda existentes sobre esse assunto. “Precisamos ser mais proativos nas nossas ações, encorajar nossas colegas a buscar oportunidades que ajudarão suas carreiras, bem como promover e defender as mães que trabalham. Precisamos garantir um ambiente organizacional que cultive uma cultura de cuidado. Nós, como empregadores, temos a obrigação de incentivar esse progresso”, finaliza.
Fonte: Avvale é uma empresa global que promove a transformação digital com uma visão pragmática e paixão inigualável. Nossa missão é desenvolver negócios inovadores por meio da economia circular, viabilizada pela tecnologia e convertendo ideias em soluções práticas que podem ser desenvolvidas por meio de ciclos curtos e iterativos.