Médica alergista e imunologista lista opções de produtos para proteger bebês e crianças e dá orientações para o uso seguro diante do aumento de casos de dengue no país
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Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Acre decretaram estado de emergência contra a dengue nas últimas semanas. O aumento de casos forçou as autoridades a tomarem medidas para conscientizar e proteger a população. Segundo o Ministério da Saúde, em Goiás já foram registrados mais de 23 mil casos da doença com ao menos quatro vítimas fatais até a quarta-feira (7). Segundo a médica alergista e imunologista da Espaço Zune, Millena Andrade, é necessário proteger bebês e crianças, inclusive os recém-nascidos.
“Existem muitas opções de repelentes no mercado, mas precisamos estar atentos às recomendações médicas e também do fabricante para usá-los de maneira segura e de acordo com a idade da criança. Para os recém-nascidos, a opção mais segura ainda é a proteção mecânica, ou seja, usar mosquiteiros, telas nas janelas, roupas de mangas compridas e calças. Mas, para essa época de maior incidência da doença, podemos usar o adesivo “Sai Mosquito”, que deve ser colado nas pernas, por cima da roupa do bebê”, explica a médica.
E com o feriado de Carnaval se aproximando, muitas pessoas viajam e outras aproveitam para descansar em casa. E, como nenhum desses espaços está livre da incidência do mosquito, é preciso tomar cuidado na hora de escolher os produtos e na sua aplicação nas crianças. A principal recomendação da médica é sempre aplicar o repelente por último na pele, sempre protegendo a pele com uma camada generosa de hidratante e filtro solar antes de passar o repelente.
Como usar o repelente tópico de forma correta?
O produto deve ser passado em regiões de pele exposta e nunca por baixo da roupa, porque precisa de evaporação para repelir o inseto. Para crianças de 6 a 24 meses é orientado aplicar apenas uma vez ao dia; entre 2 e 12 anos podem ser utilizadas duas aplicações ao dia e, a partir de 12 anos de idade, podem ser realizadas duas a três aplicações ao dia. Alguns cuidados essenciais segundo a alergista:
- Nunca aplique o produto na mão da criança para que ela mesma espalhe no corpo, pois ela pode esfregar os olhos ou levar a mão na boca;
- Aplique na quantidade e no intervalo recomendados pelo fabricante;
- Não aplique próximo à boca, nariz, olhos ou sobre feridas;
- Quando não for mais necessário, o repelente deve ser retirado com banho, com água e sabão;
- Não permita que a criança durma com o repelente aplicado e dê preferência para opções em loção ou gel.
“O repelente de tomada também pode ser um aliado, desde que usado de forma correta. Ele é liberado para uso em ambientes com crianças maiores de seis meses. A forma mais segura de ser utilizado é colocar o aparelho na tomada apenas 30 minutos antes de dormir devido risco de intoxicação, não utilizar mais de um aparelho no mesmo quarto menor ou com até 10 metros quadrados; ligar o mais longe possível do berço ou da cama (pelo menos dois metros); deixar a porta ou janela aberta para repelir os mosquitos e retirar o aparelho após esse tempo mantendo sempre fora do alcance das crianças e dos animais domésticos”, orienta a especialista.
Produtos disponíveis no mercado e suas indicações adequadas
- Antes dos três meses: proteção mecânica, ou seja, usar mosquiteiros, telas nas janelas, roupas de mangas compridas e calças e o adesivo “Sai Mosquito”, que deve ser colado nas pernas, por cima da roupa do bebê;
- A partir de 3 meses: repelentes com o princípio ativo de icardina (Exposis bebê e Off Baby);
- A partir de 6 meses: repelentes com o princípio ativo de icardina na concentração de 20%. (Exposis, Baruel, SPB, Sunlau e Granado) ou IR 3535 na concentração de até 20% (Johnson Loção Antimosquito e Repelente infantil Huggies Turma da Mônica);
- A partir de 2 anos: repelentes à base de DEET (Repelex, OFF).
Fonte: médica alergista e imunologista da Espaço Zune, Millena Andrade