Quanto mais cedo o esporte for apresentado, mais fácil será a aceitação pela criança. Os pais devem oferecer o esporte como uma atividade lúdica e não como uma obrigação e com cobranças por resultados.
A criança atual apresenta habilidade enorme para mexer em computador e completar jogos no videogame. Isso não é nada interessante, sinal de que os pequenos estão cada vez menos praticando esportes e optando pelos jogos eletrônicos. O esporte é essencial (não se esqueçam disso, pais!) para o desenvolvimento da criança.
Algumas atividades físicas são indicadas para cada etapa do crescimento do pequeno.
Especialista em ortopedia pediátrica do Hospital e Maternidade São Luiz, o dr. Fabiano Prata, ressalta que é importante respeitar o estágio de desenvolvimento neuropsicomotor da criança de acordo com sua faixa etária.
Ou seja: não surtirá tanto efeito exigir com que o filho aprenda as regras do futebol se ele tem apenas 2 anos.
Lembrando que qualquer esporte é importante, mesmo que não esteja incluído na lista abaixo descrita pelo Dr. Fabiano Prata.
Até o primeiro ano de vida – atividades básicas, como engatinhar, primeiros passos, pois são leves e harmoniosas, levando-se em conta que o bebê ainda está em estágio inicial de crescimento.
1 a 6 anos – Natação é uma grande pedida. Explicações não faltam para apontar a natação como benéfica. A natação ajuda a trabalhar o sistema respiratório e a melhorar o desenvolvimento motor, o equilíbrio e a postura. Além disso, não há regras, como o futebol, por exemplo. É tão somente pular na água e nadar.
Mesmo não sendo um esporte, o subir e descer escadas é um bom exercício físico aos pequenos entre 1 a 6 anos. Também não se pode esquecer de atividades como andar de bicicleta ou triciclos e brincadeiras em parques como subir em escorregador e brinquedos que exijam pouco esforço.
6 a 12 anos – Esportes que envolvem técnicas e regras já se tornam interessantes a essa faixa etária. Antes de apontarmos as principais modalidades a serem seguidas, é interessante que as aptidões do filho sejam levadas em considerações.
Esportes como vôlei, futebol e basquete trabalham o aspecto psicológico, auxiliando a criança a trabalhar em equipe, conviver com diferentes tipos de personalidades, aprender a perder e ganhar.
O judo e caratê trabalham muito a disciplina. São esportes individuais e altamente técnicos. Nem sempre o mais forte vence. A concentração e a mentalização são importantes trunfos nessas modalidades. Essa disciplina pode trazer frutos na vida do menino ou menina.
“Hábitos saudáveis adquiridos desde cedo ajudam a criança a ter uma melhor qualidade de vida quando adulta, prevenindo possíveis doenças causadas pelo sedentarismo”, frisa o ortopedista.