Dermatologista explica se há relação entre o consumo de chocolates e o surgimento de espinhas na pele
O consumo de chocolates não é uma exclusividade da Páscoa, porém durante essa época do ano muitas pessoas podem acabar exagerando na ingestão do alimento. E além do consumo na Páscoa em si, há quem fique com um estoque significativo de ovos, bombons e outros itens açucarados por um bom tempo – tamanho o hábito de presentear com chocolates nesta época.
Não é à toa que o chocolate é um produto tão desejado, principalmente pelas mulheres. Segundo uma pesquisa realizada por cientistas da Escola de Ciência Alimentar e Nutrição da Universidade de Leeds, no Reino Unido, além do sabor, a textura do chocolate – que passa do sólido para o líquido ao derreter na boca – é responsável pela sensação de prazer e bem estar que sentimos ao ingerir um pedaço do doce. No entanto, o consumo deste alimento frequentemente é associado ao aparecimento de espinhas na pele. Por conta disso, é comum a dúvida entre os amantes do produto. Mas, será verdade que o chocolate é mesmo um dos causadores da acne?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), não há um consenso definitivo em relação ao tema. No entanto, há indícios recorrentes da associação do chocolate com o surgimento da acne. A médica cirurgiã e pós graduada em dermatologia Carol Berger explica que a inflamação pode ser desencadeada por diversos fatores, incluindo o aumento do sebo, induzido por hormônios ou pela presença da bactéria Propionibacterium acnes, um dos principais microrganismos encontrados na pele.
Conforme a especialista, “uma dieta rica em alimentos com alto índice ou carga glicêmica, como os derivados do trigo refinado, o arroz branco ou as porções ricas em açúcares, liberam no corpo uma grande carga de insulina, em picos. Isso desencadeia uma série de reações dentro do organismo, que podem aumentar a oleosidade da pele e piorar os quadros de acne.” Equilíbrio é a palavra-chave segundo a médica para os chocólatras de plantão. “Os excessos são o que causam a inflamação do organismo; o ideal é comer com moderação. Além disso, seguir os cuidados diários com a pele mantendo-a higienizada e ingerindo cerca de dois litros de água por dia, a quantidade recomendada para os adultos segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é essencial para controlar a oleosidade e ter uma pele bonita e saudável”, orienta.
Fonte: . A médica cirurgiã e pós graduada em Dermatologia Carol Berger