Esse parece ser um daqueles exames polêmicos onde muitas questões estão em debate.
Por cerca de R$ 3,5 mil, a mãe poderá saber com pouco mais de 60 dias de gravidez se seu filho nascerá com Síndrome de Down ou outras alterações cromossômicas. Isso será possível graças a um tipo de exame de sangue que aos poucos vai chegando ao mercado nacional.
O exame “NIPT” (Non-Invasive Prenatal Testing, ou em português: Testes Pré-Natais Não Invasivos) desembarca no Brasil cercado de polêmicas. O principal questionamento é: será que pais recorrerão ao aborto caso descubram que o feto tem alguma anomalia cromossômica? Um bebê com Síndrome de Down não tem direito a nascer?
Nos Estados Unidos e Europa aumentaram o número de abortos após a introdução desse novo exame.
No Brasil o aborto é proibido, exceção aos casos de anencefalia (má formação do cérebro do bebê), abuso sexual ou que gere risco de vida a mulher.
O exame novo no país é feito no IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia) e em breve estará à disposição das pessoas no Hospital Albert Einstein, e no Fleury, ambos em São Paulo.
Para que fique claro: mesmo que seja descoberta a anomalia logo no segundo mês de gravidez, não será possível a “cura”. Ou seja, o exame apenas aponta se o bebê nascerá com ou sem alterações cromossômicas.
Resumidamente, o exame é feito da seguinte forma: é medida a sequência de genes do DNA do feto. Se apresentar “desvio” nessa cadeia genética, pode ser sinal de algum problema nos cromossomos.
Atualmente, é possível detectar se o feto nascerá com Down, mas o exame acontece por volta do quarto mês, quando a gestação já está bem mais avançada (contra dois meses no novo exame).
O método anterior é mais invasivo (uma agulha é introduzida na barriga da mãe para a coleta de líquido amniótico), diferentemente do novo exame, onde é coletado apenas o sangue da mãe.
Qual a sua opinião sobre esse exame?Utilize o espaço mais abaixo e envie seu comentário.