Segundo especialista, a técnica evita traumas em mamães e bebês
Furar a orelha de um bebê é uma daquelas tradições que até hoje gera polêmica e dúvidas em muitos pais. Para alguns, é um momento emocionante, uma forma de dar boas-vindas à chegada da princesinha da família. Para outros, surge uma dúvida cruel: “Isso é seguro e necessário ainda em 2024?” Para desmistificar esse desafio, um método mais acolhedor e tranquilo é o furinho humanizado.
Diferente de outras técnicas de perfuração que podem resultar em traumas psicológicos, pela dor e barulho, o furinho humanizado traz uma abordagem mais gentil. O método chamou a atenção da enfermeira pediátrica Jéssica Savani e fez com que ela buscasse cursos nacionais e internacionais sobre o assunto, até chegar à técnica americana “zero dor”.
“O furinho humanizado- zero dor faz a junção de anestésico tópico, próprio para essa finalidade, e utiliza técnicas de desvio de foco de dor e acolhimento ambiental. Além disso, no procedimento é utilizada a técnica da acupuntura auricular para detectar o ponto neutro e depois se faz uso da aplicação de um laser de baixa intensidade para estimular a cicatrização.”, afirma a especialista.
Segundo Jéssica, um dos maiores benefícios é justamente toda individualização do atendimento e do processo. “Consigo entender os medos e angústias daquela mamãe que acha que seu bebê vai sofrer com o furo de orelha. E depois que perfuro, vejo como ela ficou feliz e realizada ao ver que o bebê nem ao menos acordou no procedimento”, diz a especialista.
Com mais de 5 mil procedimentos realizados e diversos cursos no currículo, Jéssica afirma que alguns cuidados devem ser tomados antes e após o furinho humanizado zero dor. “Em relação a bebês, sempre peço que a caderneta de vacinação esteja em dia e se tiver alguma doença de base, peço que a mamãe informe assim que marcar a consulta, para que seja avaliado de forma individual. Quanto aos cuidados após o procedimento, é indicada a higienização em casa uma vez ao dia com água e sabão neutro, além de manter o local seco”, afirma.
Outra dúvida que perdura é de qual material o brinco deve ser para o primeiro furo de orelha do bebê. De acordo com Jéssica, o brinco de ouro pode ser utilizado no bebê até 30 dias de vida ou apenas depois de adulto. “Não chega a ser uma restrição, porém, a perfuração com o brinco de ouro é um pouco mais detalhista e demorada, o que faz com que a mamãe tenha que segura-lo para evitar movimentos bruscos, e tira a característica do furinho humanizado sem dor, que é proporcionar um processo mais tranquilo e acolhedor. Nestes casos, indico o brinco de um material biocompatível e hipoalergênico, que já vem esterilizado e preparado para um procedimento rápido e também indolor, sem barulhos e sem traumas psicológicos”, completa a enfermeira
Fonte :Jessica Savani | @pediatriahumanizada – Enfermeira graduada pela universidade USCS de São Caetano do Sul; Especializada em consultoria de amamentação pelo instituto Neuro Nutri; Especializada em furo de orelha humanizado e fundadora da técnica indolor em bebês; Especializada na técnica de laserterapia para tratamento de fissuras e rachaduras mamilares na amamentação;Formação como Técnica de Enfermagem pelo ETIP;