Aproximadamente 80% das mulheres em fase reprodutiva apresentam esses tumores benignos
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Miomas uterinos, também conhecidos como leiomiomas ou fibromas, são tumores não cancerosos que se desenvolvem no útero. Eles podem ser pequenos, mas também ser maiores, ocupando uma parte significativa do útero.
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), acredita-se que aproximadamente 80% das mulheres em fase reprodutiva apresentam miomas uterinos. Eles são encontrados na cavidade do útero (miomas submucosos), na parede (miomas intramurais) ou na superfície externa (miomas subserosos).
A ginecologista Dra. Valdely Talamonte, médica associada à Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), comenta: “Os miomas não têm causas definidas, mas sabemos que seu crescimento é dependente de hormônios. Contudo, deve-se prestar atenção, pois nem sempre um útero volumoso é um mioma”.
Dependendo do tamanho e localização, algumas mulheres podem enfrentar desafios, como dificuldades para engravidar, aumento do risco de aborto espontâneo ou parto prematuro.
“Esses dois pontos precisam ser avaliados. Geralmente, os miomas submucosos são aqueles que mais vão dificultar uma gravidez e a implantação do embrião, pois estão dentro da cavidade do útero. Os miomas intramurais precisam ser retirados antes da gravidez, se tiverem mais do que 04cm ou se estiverem abaulando a cavidade uterina”, diz a Dra. Janine Nascimento, outra médica ginecologista da AMCR.
O tipo de cirurgia escolhida para retirada do mioma também dependerá da localização e do tamanho, bem como dos objetivos reprodutivos e de saúde da paciente. Miomectomia, histerectomia, laparoscopia ou histeroscopia são alguns dos procedimentos utilizados.
A Dra. Janine finaliza e ressalta: “Após a remoção, a mulher pode engravidar. Porém, o médico deve analisar o caso individualmente, tal como qual cirurgia foi feita e quantos miomas foram retirados dali, para saber o tempo exato em que a paciente irá esperar para conceber. Geralmente é um período de três a seis meses, para a mulher ficar tranquila em sua futura gestação.
Fonte :A AMCR – Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil – é uma entidade sem fins lucrativos, suprapartidária. Fundada em março de 2021, pela médica ginecologista, Prof. Dra. Marise Samama, possui 47 associadas, pós-graduadas da área da saúde, distribuídas em todas as regiões do Brasil.