A gestação acima de 40 anos cada vez é mais corriqueira. Tudo na vida tem vantagens e desvantagens como a gravidez após 40 anos. Mas as possibilidades da gestação são menores, os óvulos mais velhos são mais propensos a desenvolver problemas, com risco de anomalias e aborto. A gestante poderá ainda desenvolver diabetes ou outras doenças que agravam ainda o mais o risco da gestação como pressão alta.
Várias pesquisas mostram que as mães mais velhas, em geral, são mais propensas a amamentar. A partir de uma vida mais rica em experiências, suas atitudes familiares são mais inteligentes e saudáveis. O ideal é estar preparada para uma gravidez com essa idade e seus riscos.
Sem o uso de métodos como inseminação, é possível engravidar após 40 anos naturalmente?
Sim, existe possibilidade, mas devemos avaliar dados importantes. Aos 40 anos ela terá 50% de possibilidades engravidar no período de 1 ano. Ao chegar aos 43 anos, só terá 1% de chance. Após aos 45 anos as chances de engravidar a partir dos seus próprios óvulos fica quase impossível.
Como saber se a mulher ainda poderá engravidar, quais exames?
O Exame Hormônio Antimülleriano (geralmente associado à ultrassonografia transvaginal) é considerado o marcador mais promissor para a avaliação da reserva ovariana. Só que avaliação não é tão perfeita, existe oscilações nos resultados.
Existe risco nessa gravidez?
A gestação após os 40 anos é sempre considerada de alto risco. Essas mulheres após aos 40 anos tem mais possibilidades de doenças pré-existentes como: hipertensão arterial, obesidade, diabetes, doenças da tireoide, etc. A gestação tem maiores riscos como: aborto espontâneo, síndrome de Down, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, macrossomia, anomalias placentárias, natimortalidade e crescimento intra-uterino restrito, parto prematuro, gestação múltipla.
As preocupações e cuidados que uma mulher aos 40 anos tem são os mesmos quando se é mais jovem?
Não, existem especificidades. Uma consulta periconcepcional é essencial quando vem a vontade de engravidar. Para diminuir os riscos de complicações, caso a paciente tenha doença pré-existente, deverá conversar com seu ginecologista para ter certeza que a doença está controlada e se a gravidez afetará ou não sua saúde. Antes de engravidar para ajudar a prevenir alguns defeitos congênitos deverá ingerir ácido fólico por três meses antes da gestação. O pré-natal deverá ser iniciado mais cedo possível. A gestante deverá ter conhecimento e informação sobre as malformações, outras complicações gestacionais e aumento do risco de doenças genéticas. Se informar sobre novos testes para detectar essas complicações.
Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Fernando Maia