Entre os meses de julho e setembro 754 novos casos foram diagnosticados no pronto-socorro do hospital; oftalmologista ressalta importância de evitar o contato com a secreção dos olhos dos pacientes contaminados, não coçar os olhos ou manipular o rosto com as mãos e adotar medidas de higiene básicas, como lavar bem as mãos e não compartilhar toalhas de tecido
O H.Olhos, hospital da Vision One e referência no tratamento de casos de alta complexidade em oftalmologia, registrou aumento de 23% no diagnóstico de conjuntivite viral. Somente no último trimestre foram 754 novos casos atendidos, ante 581 no trimestre de abril a junho de 2022. A alta de casos se deve às mudanças climáticas frequentes, registradas nos últimos meses e atreladas as oscilações da umidade relativa, o que estimula a circulação de vírus causadores de doenças respiratórias e gripe.
As conjuntivites virais são as infecções oculares mais frequentes provocadas por um agente pertencente a família chamada de adenovírus. O oftalmologista chefe do Pronto-Socorro do H.Olhos, Dr. Pedro Antônio Nogueira Filho, explica que, diferentemente da conjuntivite bacteriana, com melhoria a partir do uso dos antibióticos tópicos, as virais, causam bastante desconforto, que podem durar de 10 a 14 dias.
“Os sintomas clássicos estão atrelados a manifestações virais sistêmicas ou não, tais como quadro febril e mal-estar geral, e seguidas das manifestações oculares como vermelhidão, lacrimejamento e secreção”, explica Dr. Pedro. A confirmação é feita a partir de um exame clínico oftalmológico.
Tratamento e prevenção
De maneira geral, não há um tratamento específico para estes casos. A principal recomendação, após o diagnóstico, é fazer compressas de água filtrada fria seguida do uso de colírios lubrificantes sem conservantes como método paliativo, seguido do acompanhamento médico. Já para a gripe, a recomendação é o uso de medicamentos para alívio de sintomas como dor de garganta e febre, que devem ser indicados também por um médico clínico.
“É importante ressaltar que a conjuntivite por adenovírus é facilmente transmissível. Por isso, para a prevenção ser assertiva, o ideal é evitar o contato com pacientes contaminados, não coçar os olhos ou manipular a face com as mãos e adotar medidas de higiene básicas, como lavar bem as mãos com água e sabão ou álcool gel e não compartilhar toalhas de tecido, por exemplo”, alerta Dr. Pedro Antonio, que acrescenta: “Ao observar quaisquer sintomas, é preciso buscar imediatamente atendimento médico qualificado por um médico oftalmologista”, finaliza.
Fonte: H.Olhos – Reconhecido no mercado há mais de 35 anos, o H.Olhos integra a Vision One, uma das maiores redes de hospitais e clínicas oftalmológicas do país. Referência em casos de alta complexidade no seguimento da oftalmologia e conta com duas unidades na Grande São Paulo, centro cirúrgico, centro de diagnóstico, pronto-socorro e consultórios equipados com aparelhos de última geração voltados à saúde ocular.