Mini-FIV

Novo tratamento de fertilização é eficiente e mais barato
Despesas com medicamentos chegam a ser 40% menor

“A coisa mais importante na vida é ter um filho. Nada é mais especial que uma criança.” Dr. Robert G. Edwards

Médico inglês que recebeu o Prêmio Nobel de Medicina de 2010. Revolucionou a medicina ao criar a técnica de fertilização in vitro (bebê de proveta). O Primeiro nascimento do mundo foi de Louise Brown em 1978 na Inglaterra.

Mini-FIV (Mini – Fertilização In Vitro) é uma nova alternativa dos tratamentos de Fertilização in Vitro que torna o procedimento mais simples, oferece um custo financeiro reduzido e resultados semelhantes a FIV-Convencional. Baseia-se na hipótese já conhecida pela ciência que não mais do que 2 a 3 óvulos em uma estimulação ovariana são suficientes para produzir embriões de boa qualidade. Este procedimento utiliza uma Mínima Estimulação Ovariana-MEO com comprimidos e pouca medicação injetável. Esta estimulação mais leve aproxima-se do planejamento da natureza que mensalmente procura selecionar os melhores óvulos. As estimulações mais agressivas nas FIVs-Convencionais, que utilizam mais medicamentos, podem produzir um número maior de óvulos, porém de pior qualidade. Assim, formam embriões com chance menor de implantação, com um risco maior de abortos.

Foi idealizado pelo médico japonês Osmau Kato, Diretor do Kato Ladies Clinic, em Tóquio, no Japão e registrado com o nome de “Mini-IVFTM“ ( Mini- In Vitro Fertilization), foi introduzido nos Estados Unidos por John Zhang, do New Hope Fertility Center. Posteriormente recebeu algumas modificações do professor Shermam Silber do St. Luke´s Hospital in St. Louis.

As clínicas de Reprodução Humana devem ter entre os objetivos não só a excelência nos tratamentos e os melhores resultados, mas também procurar escolher aqueles que causem o mínimo desconforto e tenham custos acessíveis. As despesas com medicamentos na Mini-FIV são 30 a 40% menores que a FIV-Convencional.

Sabemos que quando os pacientes se interessam pelo tratamento de fertilização in vitro, procuram informações sobre a FIV-Convencional e se preocupam com a necessidade das injeções diárias, aumento de peso, retenção de líquido, inchaço abdominal, alto custo financeiro e gestação múltipla, entre outras possibilidades, efeitos estes causados pelos hormônios que recebem neste período. Esta nova estratégia simplifica o tratamento, diminui o número de óvulos recrutados (mas de melhor qualidade), diminui o desconforto e os efeitos colaterais, reduz o custo financeiro e principalmente, mantém praticamente a mesma taxa de gravidez. Nas “mulheres maduras” ( idade ao redor dos 40 anos) a taxa de gravidez pode ser superior a FIV-Convencional.

A realização e o sucesso do Mini-FIV exige dedicação e conhecimento do profissional em estimulação ovariana, um laboratório de Reprodução Humana por onde circule ar puro controlado, sem toxinas e bactérias e que garanta um ambiente adequado para o desenvolvimento dos embriões, além de um Programa de Congelamento (vitrificação) de óvulos e embriões de alta qualidade. Estas características possibilitam uma transferência embrionária em ciclos posteriores sem prejuízo dos resultados.

Pense na parábola: se você está sentado de baixo de um pé de maçãs e deseja comer a melhor e mais saborosa delas, você deve escolher: você pode cortar a árvore inteira e procurar entre todas as maçãs qual a melhor ou simplesmente balançar os galhos mais próximos de você e comer uma ou duas maçãs maduras que caírem.

Comparação entre FIV – Convencional e Mini – FIV

Os tratamentos de infertilidade tem demonstrado variações diferentes em todo o mundo. Gestações que eram impossíveis há algumas décadas acontecem agora com certa frequência. Atualmente os tratamentos de fertilização in vitro podem ser divididos em dois capítulos: O FIV – convencional e a MINI – FIV (em inglês MINI – IVF, marca registrada da Clinica New Hope Fertility, nos Estados Unidos). A comparação entre as duas pode ser feita.

A) FIV- Convencional

A fertilização in vitro convencional é realizada há mais de 30 anos e tem alcançado altos índices de sucesso ajudando casais a realizar o sonho da gestação. É utilizado em situações extremamente necessárias. O lado negativo é a quantidade excessiva de hormônios que pode levar a desconfortos desagradáveis como a retenção de liquido e inchaço abdominal, além da necessidade de injeções diárias que causam um enorme transtorno ao casal.

B) Mínima Estimulação Ovariana (MEO) – Mini-FIV

A MEO tem demonstrado índices de gravidez comparáveis ao FIV – Convencional. Entretanto, pela quantidade mínima de medicamentos utilizados, este tratamento causa menos estresse, menos inchaço, menos retenção de liquido e menor custo financeiro podendo chegar a ser 28% mais barato que a FIV – Convencional.

A Mini – FIV produz uma quantidade menor de óvulos (3 a 5 óvulos no máximo) o que pode ser interessante para casais que não desejam congelar embriões e temem pelos efeitos colaterais das medicações.

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Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi

Ginecologista Obstetra especialista em Reprodução Humana e Cirurgia Endoscópica Além de dedicar a maior parte de seu tempo ao conhecimento...

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