Reduzindo a lacuna: apoio à amamentação para todos
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O tema escolhido esse ano pela WABA – Alliance for Breastfeeding Action – para a comemoração do agosto dourado é: “Reduzindo a lacuna: apoio à amamentação para todos”. Entre os objetivos da data estão: informar as pessoas sobre as desigualdades que existem no apoio e prevalência da amamentação; envolver-se com indivíduos e organizações para melhorar a colaboração e o apoio à amamentação e mobilizar ações para reduzir as desigualdades no apoio à amamentação, concentrando-se nos grupos vulneráveis.
O Sabará Hospital Infantil oferece uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos e nutricionistas preparada para auxiliar as mães no momento da ordenha e incentivar a amamentação, sempre respeitando as necessidades da mãe e do bebê. “A fonoaudiologia desempenha um papel vital na promoção da amamentação bem-sucedida, uma vez que é a área que capacita o profissional na detecção e condução de problemas nas funções orais do bebê que podem trazer impacto no seu desempenho alimentar. O melhor cenário para promover o aleitamento materno bem-sucedido é quando o trabalho pode ser realizado por uma equipe multidisciplinar capacitada para acompanhar a díade mãe-bebê ao longo de sua jornada garantindo as melhores condições e poder de ação imediato.”
“Proporcionar segurança, tranquilidade, conforto e principalmente a nutrição do bebê são nossas prioridades. Prestamos todas as orientações para garantir o cumprimento do plano assistencial definido para o bebê e realizando as adequações nutricionais na dieta da mãe a fim de garantir as necessidades calóricas, macro e micronutrientes nutrientes para este período de vida tão importante para o bebê”, explica Fernanda Rabelo, Coordenadora do Serviço de Nutrição do Sabará Hospital Infantil.
As especialistas do Sabará Hospital Infantil esclarecem aqui as principais perguntas das mães durante o período de internação que podem ajudar as mães que estão em casa também.
MITOS E VERDADES
1 – Quando o bebê está com algum quadro respiratório, como bronquiolite ou gripe, ele pode ser amamentado.
VERDADE. A equipe multidisciplinar realizará a avaliação para definir a melhor via de alimentação (dieta oral e/ou enteral) para este momento, porém deve-se manter a oferta do leite materno independente da via escolhida para alimentação.
2 – A alimentação da mãe reflete no leite.
VERDADE. O recomendado é que a mãe tenha uma alimentação variada, saudável e equilibrada, evitando longos períodos sem se alimentar.
É fundamental a hidratação, e incluir na alimentação fontes de cálcio, vit. A e beta caroteno.
Reduzir o consumo de cafeína, como café, chocolates, refrigerantes a base de cola, chá mate, preto e verde.
Importante o equilíbrio, não realizar restrições alimentares sem a orientação de um profissional habilitado.
3 – Algumas mães produzem leite mais fraco.
MITO. Importante reforçar que nenhum leite materno é fraco, a composição varia em função da faixa etária do bebê.
Normalmente temos 3 fases:
– a primeira: colostro possui maior concentração de proteínas e anticorpos, sendo considerado “a primeira vacina do recém-nascido”;
– a segunda: o leite de transição normalmente até o 15º dia, este leite é rico em gordura e lactose;
– a terceira: o leite maduro, que possui um equilíbrio perfeito entre macro e micronutrientes, e representa a nutrição ideal para alimentação exclusiva do bebê até o 6º mês de vida. Nas consultas de rotina, deve ser aferido peso e estatura para acompanhar o desenvolvimento do bebê.
4 – Mamadeira e chupeta interferem no aleitamento.
VERDADE. Mamadeira e chupeta interferem na amamentação uma vez que o trabalho de sucção que o bebê realiza no seio materno pode ser equiparada a uma ordenha, enquanto a sucção em mamadeira e chupeta ocorrem de maneira mais superficial e não conseguem alcançar grupos musculares tão amplos como ocorre com a extração do leite materno. ao serem expostos à chupeta e/ou mamadeira os bebês poderão abandonar o peito materno.
5 – Estresse e nervosismo podem atrapalhar a produção do leite.
VERDADE. O estresse e o nervosismo podem reduzir a ocitocina e prolactina, e dificultar o processo de amamentação.
6- O intervalo ideal entre as mamadas é de 3 em 3 horas.
MITO. Normalmente há dúvidas sobre o horário certo para amamentar. Ressaltamos que não existe um período nem uma frequência exata — cada bebê tem seu ritmo de mamada.
Como o leite materno é bem digerido pela criança, tantas vezes o intervalo é menor (nada a ver com leite fraco!). Bebês amamentados em livre demanda não passam fome.
As mães também não devem ficar preocupadas em excesso com o ganho de peso do bebê. cada um tem seu ritmo próprio de crescimento e desenvolvimento. o essencial aqui é realizar o acompanhamento com o pediatra regularmente e estar atento às eliminações de xixi e cocô. se o bebê parar de urinar e evacuar, o pediatra deve ser comunicado imediatamente
7 – Quem tem prótese de silicone não pode amamentar.
MITO. O silicone não interfere na qualidade do leite materno, pois as próteses ficam localizadas abaixo das glândulas mamárias.
08 – O bebê deve arrotar depois de mamar.
Verdade. Ao arrotar o bebê elimina o ar que pode ter deglutido durante a mamada. Coloque o bebê no seu colo, na posição vertical, por 10 minutos. Pode ser útil colocar uma fralda no ombro para proteger a roupa, pois é comum a saída de um pouco de leite. Vale ressaltar que nem sempre é possível ouvir o som da saída do ar (arroto).
Fonte ; Sabará Hospital Infantil – localizado na cidade de São Paulo, é referência no atendimento de crianças e adolescentes até 18 anos. É o primeiro Hospital exclusivamente pediátrico a conquistar acreditação pela Joint Comission International (JCI), um selo que assegura sua qualidade assistencial.