A partir do diagnóstico de doença severa de sua filha, Fabiana Coimbra conta histórias de força, coragem e empatia das ‘mães de UTI’
Livro esmiúça as dores e escancara a experiência de uma mãe que vive o dia a dia de uma UTI neonatal por conta do diagnóstico de uma malformação cardíaca congênita de sua filha; parte das vendas do livro serão destinadas para distribuição de exemplares em UTIs públicas e filantrópicas
“O coração que quer acreditar, que quer fantasiar,
se segura firme a qualquer fio de esperança, por menor que seja.”
Trecho do livro (p.61)
Era para ser apenas uma gravidez como qualquer outra, mas Fabiana Coimbra, mal sabia que, ao engravidar de Maria Júlia, viveria a experiência mais marcante de sua vida. Sua primeira filha foi diagnosticada com o tipo mais severo da Tetralogia de Fallot, malformação cardíaca congênita que viria a necessitar intervenção cirúrgica ao nascer e possivelmente outras cirurgias. A partir dessa experiência, a escritora e publicitária paulistana escreveu “Mulheres Marcadas – histórias de força, coragem e empatia das mães de UTI” (273 pág.) em que conta não só a sua história, mas também relatos de mães que vivem os primeiros anos da vida de seus bebês no entra e sai de ambulatórios, emergências, cirurgias e internações hospitalares.
Em “Mulheres Marcadas”, conhecemos passo a passo a gravidez de Fabiana: da insegurança em relação à família, do encontro com seu futuro marido, até a não esperada gravidez. Entretanto, o que seria um momento de profunda alegria, torna-se um momento de tensão: sua bebê apresenta um problema congênito que requererá uma cirurgia logo nos primeiros dias após a realização do parto. Com isso, a vida de Fabiana e seu marido passa a ser a sala de médicos, exames, segundas e terceiras opiniões e tentativas de entender o porquê aquilo estava acontecendo com eles.
Na tentativa de entender o que se passava consigo, Fabiana revela, em uma narrativa envolvente, não apenas a trajetória de si própria, protagonista do livro, mas também relata histórias de tensão e angústia de outras mães que viveram experiências semelhantes na UTI. Forma-se, assim, uma espécie de rede de acolhimento de mães que estão na mesma situação e unem-se procurando esperança e apoio mútuo. “Mulheres Marcadas” aparece como um tributo à força e resiliência das mães cuidadoras em situações extremas. A autora no livro dá dicas, a partir de sua experiência, para mães que estão vivendo esse momento, dedicando um capítulo para o tema, intitulado “De uma mãe de UTI para outra”.
“São apenas mães recém-nascidas lutando pela vida de seus bens mais preciosos, procurando uma saída dentro de si mesmas para continuar seguindo em frente. Além disso, trago um capítulo especial sobre ‘a maternidade como ela é’, mostrando os desafios nos bastidores dessa grande jornada de aventura que é ser mãe”, comenta a autora. “Enfrentar dificuldades nunca é fácil, mas a forma como lidamos com elas pode tornar a situação ainda mais desafiadora. Essa foi a maior lição que aprendi. A maneira como enxergamos o cenário pode determinar o trajeto que percorremos.”
Fonte: Fabiana Coimbra – “Mulheres Marcadas – histórias de força, coragem e empatia das mães de UTI”
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