A pequena Mel tinha apenas 15 dias quando a mãe, Camila Satya Sousa Seraim, fez a entrevista para trabalhar em uma franquia.
Para as mulheres, o mercado de trabalho pode ser, por muitas vezes, injusto. Ainda mais para aquelas que são ou pretendem ser mães. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que metade das mulheres que têm filhos perdem o emprego em até dois anos depois da licença-maternidade. Mas a situação foi bem diferente para a Camila Satya Sousa Seraim, de 29 anos, conseguiu o emprego quando a filha, Mel, estava com menos de um mês.
“No dia da entrevista, a minha filha, Mel, tinha apenas 15 dias. Eu fui muito sincera e falei que tinha outro filho de dois anos, o Bernardo, mas que realmente queria e precisava trabalhar. A resposta que recebi foi que outras candidatas ainda seriam entrevistadas e já me desanimei, achei que não seria contratada. Depois de duas semanas, recebi a ligação perguntando se eu poderia começar e fiquei muito feliz”, relembra Camila.
A contratação aconteceu ao final de novembro de 2021 e logo depois, no dia 13 de dezembro, a loja foi inaugurada e ela começou a trabalhar. A vontade de arrumar um emprego era tanta que Camila já vinha fazendo armazenamento do leite materno. O que também ajudou muito foi a distância: ela mora a cinco minutos do ParkShopping São Caetano, aonde está a loja. E, nesse momento, o apoio da família foi fundamental, já que a sogra é quem cuida das crianças enquanto ela e o marido trabalham.
E, para conciliar a maternidade com o cargo de gerente, Camila afirma que já tem uma certa experiência por estar na segunda gestação. Quando teve o primeiro filho, ela demorava duas horas para ir e voltar para o outro shopping em que ela também atuava como gerente de uma loja.
“Deu tudo muito certo, porque tenho esse tempinho a mais para ficar com a Mel e as coisas também vão muito bem no trabalho. A loja vende super bem e eu sinto segurança por parte dos empregadores. Desde o início, eu tento mostrar que não vou deixar a loja na mão e acho que estou conseguindo”, diz a gerente.
E a suposição de Camila parece estar certa. A dona da franquia, Karina Gonçalo Pereira, conta que durante o processo seletivo gostou dela logo de cara. Mas, num espaço maior de tempo, a determinação da gerente foi o que mais lhe chamou a atenção. “No dia da entrevista, ela mostrou que realmente queria trabalhar. Depois, ainda durante o treinamento e a montagem da loja, ela mostrou que estava apta para aquele trabalho. E está sendo assim até hoje. Ela é uma ótima funcionária e costumamos nos falar apenas para alinhar alguns pontos, porque quando tem algum problema ela consegue identificar e começa a atuar para resolver”, elogia Karina.
A franqueada ressalta ainda que por também ser mãe compreende que Camila possa precisar de horários mais flexíveis vez ou outra, mas que ainda assim queria contratá-la e sentir no dia a dia como ela desempenharia as funções. “Eu escolhi acreditar nela e deu certo, ela está cumprindo tudo o que prometeu no momento da entrevista”, comenta.
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