Normalmente a curetagem é realizada após um aborto e o tempo para tentar engravidar novamente pode variar de acordo com a recomendação médica
Curetagem é um procedimento médico utilizado para a raspagem da cavidade uterina. Normalmente, é realizado para retirar os restos placentários de um aborto.
Também pode ser usado para diagnóstico, quando o tecido é retirado para análise das causas de um sangramento no endométrio, por exemplo. Porém, hoje em dia o método está sendo substituído pela histeroscopia, um exame de imagem realizado com câmera.
A curetagem é realizada no hospital e utiliza anestesia. A recuperação é rápida e a paciente pode receber alta no mesmo dia, a não ser que tenha tido um sangramento importante ocasionado pelo aborto.
Existem dois métodos de curetagem. A tradicional é feita com uma colher utilizada para raspar o interior do útero. A segunda opção é uma aspiração intrauterina que suga os restos da placenta. Esse método é mais moderno e há menos chances de lesar o útero e o endométrio.
A paciente submetida à curetagem tem um sangramento que tende a ir diminuindo e dura de 7 a 12 dias. “Se o sangramento for muito intenso, aumentar durante o período de recuperação ou a paciente tiver febre, é preciso investigar”, alerta o Dr. Marcelo Steiner, membro da SOGESP, Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo.
Quanto depois da curetagem a mulher poderá tentar engravidar novamente?
Teoricamente, depois da curetagem a paciente deve esperar pelo menos um ciclo menstrual, para que o endométrio sangre de maneira regular, para engravidar novamente. Alguns médicos mais cautelosos indicam que espere até 90 dias para o útero se preparar para uma nova gestação.
Embora a curetagem seja um procedimento simples é também invasivo e sempre há risco de causar algum tipo de lesão no útero, causando infertilidade ou maior dificuldade para engravidar. “Quanto mais curetagens realizar maior o risco de aborto nas futuras gestações, pois ela pode deixar pequenas cicatrizes no útero, aumentando as chances de ter problemas como a Placenta Prévia ou a Placenta de Baixa Inserção”, afirma o Dr. Marcelo Steiner. “Embora atualmente as chances sejam bem pequenas, há também o risco de furar o útero durante o procedimento ou as paredes colarem uma na outra durante a cicatrização”.