Um dos problemas da nova era, o TDAH, que é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade, afeta, aproximadamente, dois milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
As crianças são as mais atingidas pela pesquisa da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 3% a 5% da população mais jovem de todo o mundo. O TDAH só passou a ser considerado um transtorno no DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) a partir de 1992. Isso dificulta um pouco, pois as primeiras gerações diagnosticadas chegaram à vida adulta há pouco tempo.
Dr. Rodrigo Correa, clinico geral e especialista na medicina com óleo de cannabis, explica que no caso de crianças e adolescentes, o tratamento em geral é feito com indicação de alopáticos que atuam como estímulo no sistema nervoso central, trazendo respostas benéficas, diminuindo a ansiedade, melhorando a concentração e controlando a hiperatividade, além do apoio com psicoterapia, atividades físicas e fonoaudiólogo, caso o paciente tenha dificuldades de linguagem.
“Mas, com os adultos, é preciso mais cuidado, pois esses medicamentos estimulantes, além de trazerem reações adversas e efeitos colaterais, sendo de uso contínuo, podem complicar a qualidade de vida do paciente, possibilitando outras enfermidades. O uso do Cannabidiol(CDB) entra neste cenário como uma ótima alternativa, pois os princípios ativos do CBD apresentam alto potencial terapêutico para adultos com TDAH”, ressalta Correa.
Uso do Canabidiol
Dr. Rodrigo enfatiza ainda que é preciso esclarecer que a substância usada para fins medicinais é o canabidiol, conhecido como CBD, um dos ingredientes ativos da planta Cannabis, que contém mais de 100 canabinóides diferentes.
“O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por comportamento inquieto e uma certa euforia, o que gera dificuldades em manter a atenção focada ou em responder a ordens ou perguntas. O CBD é capaz de atuar no sistema nervoso central do paciente auxiliando na redução da ansiedade, melhorando também a qualidade do sono, podendo substituir tranquilamente os ansiolíticos, pois não criam dependência”, diz o médico.