Existe uma necessidade urgente que as pessoas saibam da importância de se conhecer a classificação dos alimentos que consomem, suas qualidades e seus males para o organismo. Cada vez mais a sociedade brasileira tem ganho peso nos últimos 10 anos, hoje cerca de 25,9% da população do país com 18 anos ou mais de idade (ou 41,2 milhões de pessoas) estão obesos e com problemas de saúde.
A vida agitada de hoje dia com trabalho, escola e falta de tempo para prepararem suas refeições, fizeram as pessoas optarem por refeições prontas rápidas de aquecer, práticas de levar, são as chamadas processadas e ultraprocessadas, elas são ricas em sal, óleo, gordura trans, açúcar, aditivos para dar cor, sabor ou textura (exemplo: massas prontas para aquecer, nuggets, salsichas, biscoitos, pizza). Bebidas açucaradas e baratas, mas que não trazem benefício nenhum, mas as pessoas acham que estão se hidratando (exemplo: refrigerantes, sucos em pó vendidos em saquinhos, fazem muito mal podendo causar problemas renais, a fórmula possui apenas perto de 1% de fruta).
Esclarecemos a diferença da classificação dos alimentos e exemplificamos que alimentos devem ou não serem consumidos, principalmente que nossas crianças não consumam cedo qualquer um desses produtos industrializados.
É muito importante a leitura dos rótulos de cada produto que compramos e consumimos.
A seguir vamos entender a classificação dos alimentos:
1. Alimento in natura ou minimamente processado – Alimento que sofre nenhuma ou mínima modificação após deixar a natureza.
Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. A aquisição de alimentos in natura é limitada a algumas variedades, como frutas, legumes, verduras, raízes, tubérculos e ovos.
Minimamente processados – Alimentos minimamente processados são alimentos in natura submetidos a processos como remoção de partes não comestíveis ou não desejadas dos alimentos, secagem, desidratação, trituração ou moagem, fracionamento, torra, cocção apenas com água, pasteurização, refrigeração ou congelamento, acondicionamento em embalagens, empacotamento a vácuo, e fermentação não alcoólica
A maior parte desses processos objetiva aumentar a duração dos alimentos in natura, permitindo estocagem prolongada. Outros propósitos incluem facilitar ou diversificar a preparação culinária dos alimentos (remoção de partes não comestíveis, fracionamento e trituração ou moagem) ou modificar o seu sabor (torra de grãos de café ou de folhas de chá e fermentação do leite para produção de iogurtes).
Exemplos: Arroz branco, integral ou parboilizado, a granel ou embalado; milho em grão ou na espiga, grãos de trigo e de outros cereais; batata, mandioca e outras raízes e tubérculos; feijão, lentilhas, grão de bico e outras leguminosas; carnes bovina, de porco e de aves; frutas frescas, congeladas ou secas, suco de frutas pasteurizado e sem adição de açúcar); legumes e verduras; ervas frescas ou secas; castanhas, nozes e sementes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho ou de trigo e macarrão ou massas frescas ou secas feitas com essas farinhas e água; leite pasteurizado, ultrapasteurizado ou em pó, iogurte (sem adição de açúcar), cogumelos frescos ou secos.
2. Ingredientes culinários processados
Substâncias extraídas diretamente de alimentos do Grupo 1 ou da natureza e usualmente consumidas como itens de preparações culinárias. Os processos envolvidos na extração dessas substâncias incluem prensagem, trituração, moagem, pulverização, secagem e refino. O propósito do processamento é a fabricação de produtos utilizados para temperar e cozinhar alimentos in natura ou minimamente processados e, de modo geral, para confeccionar preparações culinárias baseadas nesses alimentos.
Exemplos: Sal de cozinha refinado ou grosso, açúcar de mesa, mel e rapadura, óleos vegetais e gorduras (manteiga, gordura de porco e gordura de coco), féculas e vinagre.
3 – Alimentos processados
Produtos fabricados com a adição de sal ou açúcar e eventualmente óleos, gorduras, vinagre ou outra substância do Grupo 2 a um alimento do Grupo 1, sendo em sua maioria produtos com dois ou no máximo três ingredientes.
Os processos envolvidos na fabricação desses produtos podem incluir diferentes métodos de cocção e, no caso de queijos e pães, a fermentação não alcoólica. O propósito do processamento subjacente à fabricação de alimentos processados é aumentar a duração de alimentos in natura ou minimamente processados ou modificar seu sabor, sendo portanto, semelhante à finalidade do processamento empregado na fabricação de alimentos do Grupo
Exemplos: Conservas de legumes, de cereais ou de leguminosas; extrato ou concentrado de tomate com sal; carnes salgadas, secas e defumadas; peixe conservado em óleo ou água e sal; frutas em calda ou cristalizadas.
4. Alimentos ultraprocessados
Este grupo inclui produtos fabricados com vários ingredientes envolvendo, além de substâncias do Grupo 2 (como sal, açúcar, óleos e gorduras), substâncias também extraídas diretamente de alimentos do Grupo 1, mas não habitualmente utilizadas em preparações culinárias (como caseína, soro de leite, isolado proteico de soja e de outros alimentos e hidrolisado de proteínas), substâncias sintetizadas a partir de constituintes de alimentos (como óleos hidrogenados ou interestereficados, amidos modificados e outras substâncias não naturalmente presentes nos alimentos) e aditivos usados com função cosmética para modificar as características organolépticas dos produtos (cor, odor, sabor ou textura).
Várias técnicas industriais são usadas na fabricação de produtos ultraprocessados, incluindo extrusão, moldagem e pré-processamento por fritura. Exemplos: Biscoitos doces e salgados; sorvetes, balas, chocolate e guloseimas em geral; cereais matinais e barras de cereal; bolos e misturas para bolo; sopas, macarrão e temperos instantâneos; molhos prontos; margarina; salgadinhos de pacote; bebidas adoçadas não carbonatadas (refrescos) e bebidas adoçadas carbonatadas (refrigerantes); iogurtes e outras bebidas lácteas adicionadas de corantes e ou aromatizantes; produtos congelados e prontos para aquecimento como pratos de massas, pizzas, hambúrgueres e extratos de carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos; pães de forma, pães para hambúrguer ou hot-dog; bebidas alcoólicas destiladas.