A estimativa é que 250 milhões de crianças no mundo serão obesas até 2030 de acordo com a Federação Mundial da Obesidade.
Existem vários fatores que podem contribuir para a obesidade infantil.
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo e generalizado de tecido gorduroso no organismo.
O risco de se tornar um adulto obeso é maior quando a criança permanece obesa durante a infância e adolescência.
Um recente estudo na revista The New England Journal Of Medicine mostrou que entre os adolescentes obesos, o ganho rápido de peso ocorreu entre 2 e 6 anos de idade. Boa parte das crianças que eram obesa nessa faixa etária se tornaram adolescentes obesos. O ideal é que o excesso de peso das crianças seja combatido antes da puberdade.
Os bebês, crianças e adolescentes podem ter um aumento excessivo do peso independente da faixa etária.
Existirem vários fatores que podem contribuir para a obesidade infantil.
Vários problemas podem surgir em consequência da obesidade: diabetes, alteração de colesterol e triglicérides no sangue, pressão alta, infarto, derrame cerebral, gordura no fígado, colecistite, estrias de pele, puberdade antecipada, pernas tortas, deslizamento da cabeça do fêmur, osteoartrite, baixa auto-estima, câncer de mama, câncer de endométrio e câncer de intestino. Quando o excesso de peso é combatido antes da puberdade, o risco de doenças na vida adulta diminui em 50%.
A melhor forma de tratar a obesidade é prevenindo por meio de hábitos de vida saudáveis para a família toda, principalmente quanto à alimentação, à atividade física, ao tempo de tela e à boa qualidade de sono.
Um grande agravante da obesidade infantil é o excesso de peso dos pais. Quando um dos pais é obeso a probabilidade da criança ser obesa é maior do que da população geral e se os dois, pai e mãe forem obesos a chance é ainda maior. Não existe uma relação de herança genética, mas também dos hábitos da família.
O ponto central é que as crianças não podem entender que a “comida saudável” é castigo e as “outras comidas” são um prêmio.
Os pais devem dar o exemplo tendo em vista que os hábitos familiares são importantíssimos.
A falta de atividade física, o aumento de tempo de exposição à telas e má qualidade de sono também contribuem para a obesidade infantil.
Fernanda André
Endocrinologista Pediátrica
- Mestre em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
- Título de Especialista em Endocrinologia Pediátrica pela Associação Médica Brasileira (AMB);
- Título de Especialista em Pediatria pela Associação Médica Brasileira (AMB);
- Especialização em Endocrinologia Pediátrica no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
- Residência em Pediatria no Hospital Federal Servidores do Estado;
- Preceptora dos residentes de Pediatria no Hospital Federal Cardoso Fontes;
- Médica do ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Hospital Federal Cardoso Fontes.