As expectativas são alarmantes. Até 2030, no Brasil, teremos 7,6 milhões de crianças e jovens, entre 5 e 19 anos, vivendo com obesidade. No mundo, serão 254 milhões de obesos, de acordo com a World Obesity, relatório publicado em 2019 e que já preocupa médicos e autoridades da saúde. Afinal, a obesidade infantil é um risco à saúde e pode desencadear doenças cardiovasculares e até mesmo quadros de depressão.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 41 milhões de crianças menores de cinco anos estão acima do peso. Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento a obesidade infantil tem tido maior incidência por causas nutricionais. Um dos caminhos, sem dúvida, é a conscientização e a orientação. Nós, profissionais de saúde, precisamos diariamente influenciar pais e familiares para que crianças e jovens tenham uma alimentação mais equilibrada.
Reeducação alimentar? Só quem já passou por um processo de reeducação alimentar sabe muito bem que regras e restrições, na maioria das vezes, se mostram pouco eficazes. O que a família precisa fazer é estimular uma mudança de comportamento e de hábitos alimentares, principalmente utilizando-se como próprio exemplo.
Outro forte aliado ao combate à obesidade infantil é a pratica de atividades físicas, que além de ajudar no controle do peso traz muitos benefícios, como a promoção da sensação de bem-estar, o convívio em grupo e o controle de quadros de ansiedade, como o stress – principalmente neste momento em que vivemos uma pandemia.
A obesidade infantil realmente traz sérios riscos à saúde da criança e do adolescente. Isso é um fato. Nosso papel, como profissional de saúde, é trabalhar cada vez mais na conscientização da população sobre os fatores de risco, bem como, na orientação e no estímulo de uma alimentação saudável e práticas esportivas. Só assim, teremos futuros adultos saudáveis.