Para a enfermeira obstetra, Renata Iak, o procedimento pode ser usado tanto para regeneração tecidual local, como também para indução da melhora sistêmica com o uso do ILIB.
A laserterapia é uma forma de fototerapia, ou seja, é a aplicação de uma luz monocromática de baixa energia em vários tipos de lesões, usada para induzir a cicatrização de feridas no pós-parto.
A reparação tecidual mais rápida e eficaz por meio do laser é consequência dos seus efeitos anti-inflamatório, analgésico e regenerativo.
Para Renata Iak, parteira, enfermeira obstetra e consultora de aleitamento materno na Clínica Parto com Amor, a técnica de laserterapia pode ser usada tanto para regeneração tecidual local, como também para indução da melhora sistêmica com o uso do ILIB.
“O Laser Terapêutico de baixa potência é o mais moderno e eficaz tratamento de feridas, com rápida melhora da pele, sem efeitos colaterais e de fácil aplicação. Existem dois tipos de laser de baixa potência: o vermelho e o infravermelho. O laser vermelho é indicado para regular a cicatrização. O laser infravermelho alcança maiores profundidades, sendo então melhor aplicado para efeito analgésico, no processo inflamatório e reparação”, explica Renata Iak.
A fototerapia por luzes (lasers) destaca-se como um bioestimulador para o reparo tecidual, aumentando a circulação local, a proliferação celular e a síntese de colágeno.
“Quando a luz laser interage com as células e tecidos na dose adequada, certas funções celulares podem ser estimuladas, como o sistema de defesa, o aumento na produção de energia e a proliferação de vários tipos de células, promovendo, assim, efeitos anti-inflamatórios”, comenta Renata.
Como a Laserterapia pode ajudar as mamães?
A laserterapia atua como analgésico (Alívio da dor), anti-inflamatório, tem capacidade cicatrizante e de regeneração de feridas (mamilares, feridas operatórias, lacerações, episiotomia); atua em ferida operatória de cesárea, laceração de períneo, episiorrafia, edema. Pode ser usada para combater a candidíase mamilar.
A aplicação é indolor e não invasiva. Não existem contraindicações para a amamentação e também não requer medicação ou outra preparação, prevenindo os efeitos secundários, como infecções bacterianas e fúngicas devido à lesão exposta, abcessos e mastite.
“A laserterapia não provoca aquecimento ou queimaduras. Sua aplicação é rápida e segura, mas deve ser realizada por um profissional habilitado, da área da saúde e que tenha especialização em anatomia e fisiologia, ferimentos e de manejo clínico da amamentação, para garantir uma avaliação integral e tratamento direcionado”, explica Renata Iak.
Ressalta-se que o laser terapêutico não tem efeito diretamente curativo, mas atua como um importante agente analgésico, proporcionando ao organismo uma melhor resposta à inflamação, com consequente redução do edema e minimização da sintomatologia dolorosa, além de favorecer de maneira bastante eficaz a reparação tecidual da região lesada mediante a bioestimulação celular.
Fonte `Renata Iak – Parteira, Enfermeira Obstetra e Consultora de Aleitamento Materno – COREN – Enfermeira desde 2008, parteira, especialista em obstetrícia pela Universidade Anhembi Morumbi, consultora de aleitamento materno com habilitação em laserterapia na área materno infantil, docente na área da saúde, especialista também em Suporte Avançado de Vida em Pediatria pela AHA (American Heart Association) e estudante de acupuntura na ETOSP.