Acende o alerta para gestantes sobre os riscos e cuidados essenciais na gravidez
pixabay
Cantora Lexa é diagnosticada com pré-eclâmpsia: especialistas destacam cuidados e riscos da condição na gestação
internação recente da cantora Lexa, grávida de seis meses, trouxe à tona um alerta para gestantes e familiares sobre os riscos e a importância da detecção precoce da pré-eclâmpsia. As síndromes hipertensivas são a principal causa de morte materna no Brasil e a terceira no mundo, evidenciando a gravidade da condição e a necessidade de assistência médica adequada.
A pré-eclâmpsia, que afeta de 5% a 8% das gestantes, é caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pode apresentar complicações graves, como eclâmpsia, síndrome HELLP, descolamento de placenta e parto prematuro. De acordo com a Dra. Camila Bolonhezi, ginecologista e obstetra do Instituto Macabi, “o diagnóstico precoce e o acompanhamento no pré-natal são essenciais para prevenir complicações que podem comprometer a saúde da mãe e do bebê.
Os fatores de risco incluem obesidade, hipertensão pré-existente, idade materna acima de 40 anos e histórico familiar, conforme explica o Dr. Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana. “Embora algumas mulheres apresentem maior predisposição, hábitos saudáveis, controle de peso e suplementação de cálcio e aspirina podem reduzir os riscos de desenvolver a condição”, reforça o médico.
Em casos graves, como o de Lexa, o manejo clínico inclui internação, administração de medicamentos anti-hipertensivos e, em muitos casos, a necessidade de parto antecipado. A Dra. Paula Beatriz Fettback, ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, esclarece: “Em situações de pré-eclâmpsia grave, priorizamos estabilizar o quadro da mãe e a maturação pulmonar do bebê para evitar complicações severas. No entanto, o risco de eclâmpsia e complicações como insuficiência hepática ou renal é elevado”.
Além de medidas preventivas, o acompanhamento pré-natal contínuo é indispensável para o diagnóstico e manejo da condição. Exames periódicos, ultrassonografias com Doppler e monitoramento da pressão arterial ajudam a identificar sinais de risco. O manejo precoce e adequado durante a gestação, parto e puerpério pode evitar a maioria das complicações e mortes associadas às síndromes hipertensivas.
A internação de Lexa serve como um importante lembrete da necessidade de cuidados médicos e da conscientização sobre as síndromes hipertensivas na gravidez. Gestantes devem priorizar o acompanhamento pré-natal para assegurar sua saúde e a do bebê.
Fonte:
Dr. Alfonso Massaguer CRM 97.335 – Ginecologista especialista em Reprodução Humana
Dra. Camila Dagostino Bolonhezi Ginecologista e Obstetra – CRM 162.351 Instagram: @camilabolonhezi e @institutomacabi
Dra. Paula Fettback CRM 117477 SP CRM 33084 PR – Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana.