Montar o quarto do bebê é um momento de muita alegria para pais e mães. Da escolha das cores das paredes e móveis ao enxoval da criança, tudo é sempre motivo para empolgação. Entre o berço e as cobertinhas, outro item que deve ganhar a atenção dos pais é o travesseiro, principalmente quando o assunto é o momento certo de inserir o item na rotina de sono dos pequenos.
Um recém-nascido pode dormir de 16 a 19 horas por dia, tempo necessário para o bom desenvolvimento físico e psicológico dos pequenos, pois é quando são consolidadas as funções orgânicas fundamentais para um crescimento saudável. Mas não é só a quantidade de horas dormidas que conta para a rotina, uma vez que a qualidade do sono tem papel igualmente fundamental para a saúde do bebê. E nesse quesito, o travesseiro tem papel fundamental.
Apesar de se ouvir muitas vezes o contrário, o travesseiro não deve ser utilizado durante os primeiros meses do bebê. A consultora do sono, Renata Federighi, orienta que os responsáveis coloquem os pequeninos para dormir apenas de barriga para cima nessa fase. “Ao nascer, o pescoço do bebê ainda é muito pequeno e a sua cabeça é muito maior em comparação com o resto do corpo, então não é necessário a utilização de travesseiro”, destaca a especialista. Que complementa, “os responsáveis ficam muito tentados a introduzir o travesseiro, principalmente quando o bebê tem problemas de refluxo, mas a melhor escolha nesse momento é levantar levemente o pé do berço, a fim de inclinar o seu corpinho como um todo”.
Porém, quando introduzir o travesseiro na vida da criança? A especialista explica, a partir dos 6 meses, já é possível introduzir um travesseirinho baixinho e macio apenas para apoiar a cabeça e evitar deformações, mas ressalta que os pais devem avaliar junto ao pediatra se o bebê está com a estrutura adequada para uso dele. “O travesseiro ajuda a reduzir os efeitos da Plagiocefália, ou Síndrome da Cabeça Chata, que segundo estudos realizados pela Escola de Medicina de Harvard, atinge 12% das crianças nos primeiros meses de vida”, complementa Renata.
Após completar o primeiro ano, os pequenos já começam a apresentar ombros mais largos do que a cabeça, o que força a estrutura óssea do pescoço das crianças quando dormem de lado. “O ideal nessa fase é incluir um travesseiro um pouquinho mais alto, que preencha o espaço entre a cabecinha do neném e o colchão, o que vai manter a coluna alinhada e as vias respiratórias livres”, informa.
A troca do berço pela cama é outro momento no qual o travesseiro deve ser trocado. “Nessa fase as crianças devem ser orientadas a dormir sempre de lado, alterando de um lado para o outro, com um travesseiro mais semelhante ao de um adulto e que possa preencher completamente o espaço entre sua cabeça e o colchão. Os pais devem optar por um produto bem macio e baixo, de no máximo 8cm de altura”, destaca a especialista.
Outro conselho valioso que a consultora tem para ajudar os pais a identificarem a hora de trocar o travesseiro por um mais alto é observar a postura da criança. “Ao deitar, se perceber que o pescoço da criança está inclinado para baixo, é hora de substituir o travesseiro por outro”, conclui Renata.
Duoflex