Coordenador do curso de Odontologia apresenta as consequências da respiração bucal ao dormir
Um hábito comum que representa um possível risco para a saúde bucal: dormir de boca aberta, além de alterar a qualidade do sono, pode enfraquecer os músculos orofaciais, provocar problemas nos dentes e comprometer o desenvolvimento ósseo dos maxilares. Rinites alérgicas e síndromes que causam a respiração oral são alguns dos fatores que contribuem para esse quadro em adultos e em crianças. Especialistas indicam que o diagnóstico precoce de sintomas aumenta os resultados de diferentes tipos de tratamentos.
De acordo com o coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, professor Ezequiel Ortiz Rosa, a entrada de ar pela boca diminui a produção de saliva durante o repouso e resseca a língua e as mucosas, o que cria o ambiente ideal para a proliferação de bactérias. “Com o aumento de microrganismos, é mais provável que a pessoa nessa situação sofra com o risco de cáries, desmineralização do esmalte, lesões dentárias e mau hálito”, afirma o docente.
Em casos graves, a respiração oral por longos períodos pode causar a má formação dos maxilares. A postura incorreta durante o processo de inspiração e expiração, sem a vedação labial, acarreta enfraquecimento dos músculos do lábio superior e tem influência negativa no processo de mastigação e na estética facial. O problema é ainda mais grave em crianças, que estão em fase de crescimento e podem desenvolver alterações orofaciais.
TRATAMENTO
Os sinais de que uma pessoa está dormindo com a boca aberta podem ser identificados por sintomas como garganta seca ao acordar ou a recorrência em infecções como amigdalite e faringite. O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde e o tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por um dentista ortodontista, que irá avaliar a necessidade de um aparelho ortodôntico, a fim de corrigir a mordida e a falta de espaço para o alinhamento dos dentes, e por um médico otorrinolaringologista.
RECOMENDAÇÕES
As visitas ao consultório odontológico devem acontecer, no mínimo, a cada seis meses para acompanhar possíveis irregularidades na saúde bucal, podendo variar para um intervalo menor, dependendo do caso clínico. Ao identificar problemas com a respiração nasal, ideal para a qualidade de vida, o paciente pode praticar exercícios de observação para estimular a inalação de ar conscientemente pelo nariz — atividades físicas contribuem para esse hábito.
O ambiente e o posicionamento ao repousar também demandam atenção. Segundo o professor da Anhanguera, o espaço dos quartos deve ser limpo constantemente, para diminuir as chances de crises alérgicas, e o ideal é que se deitar de lado ou de bruços para descansar. “Dormir de barriga para cima torna mais provável que a pessoa fique com a boca aberta, portanto, é importante encontrar o modo mais confortável para passar a noite”, completa.
Fonte: Anhanguera – Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância. Em 2014, a instituição passou a integrar a Kroton – A Kroton nasceu com a missão de transformar a vida das pessoas por meio da educação, compartilhando o conhecimento que forma cidadãos e gera oportunidades no mercado de trabalho.