Como a genética influencia o desenvolvimento da doença, logo nos primeiros meses de vida
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Fatores hereditários aumentam o risco de os recém-nascidos manifestarem a condição – conforme explica médico do Hospital Paulista. Pais devem ficar atentos!
A rinite alérgica é uma condição comum em crianças mais velhas, mas também pode afetar bebês – o que muita gente não sabe. Embora o sistema imunológico dos pequenos ainda esteja em desenvolvimento, os sintomas da rinite podem surgir logo nos primeiros meses de vida.
De acordo com o Dr. Fabiano Brandão, otorrinolaringologista do Hospital Paulista – referência em saúde de ouvido, nariz e garganta – isso é mais comum ocorrer em bebês com histórico familiar de alergias. “A predisposição genética tem um papel fundamental. Se um dos pais for alérgico, a chance de o bebê desenvolver a doença é de até 50%. Se ambos os pais forem alérgicos, o risco pode chegar a até 80%”, explica o especialista.
A intensidade, no entanto, costuma ser bem mais moderada. Mas, de qualquer forma, o médico ressalta que é importante os pais já estarem atentos a sinais, como espirros frequentes, nariz escorrendo com muco claro, irritação nos olhos e garganta, além de dificuldade para respirar e dormir. “Embora esses sintomas possam ser confundidos com resfriados, a persistência deles deve acionar o alerta para a rinite alérgica”, enfatiza.
Diagnóstico e tratamento
Para diagnosticar a condição, o médico explica que é feita uma avaliação do histórico de sintomas e realizado um exame físico, observando sinais como congestão nasal. “O diagnóstico pode ser confirmado por testes alérgicos em crianças mais velhas, mas, nos bebês, a avaliação clínica é geralmente suficiente”.
O tratamento, por sua vez, inclui medidas como controle ambiental, que envolvem a limpeza frequente do ambiente e a eliminação de fontes de poeira e pelos de animais. “A lavagem nasal com solução salina também é uma prática recomendada para aliviar a congestão”, acrescenta o Dr. Fabiano, lembrando que o uso de medicamentos, como anti-histamínicos, só deve ser feito sob orientação médica.
Além disso, o especialista destaca que é essencial tratar a rinite de forma adequada, pois, se não controlada, ela pode prejudicar o sono, a alimentação e até aumentar o risco de infecções respiratórias. “A privação de sono, por exemplo, pode levar a problemas comportamentais e dificuldades de concentração à medida que a criança cresce. Por isso que os pais, desde cedo, devem ter atenção aos sinais. Se o bebê apresentar sintomas persistentes, é importante buscar a orientação de um otorrinolaringologista para um diagnóstico preciso e acompanhamento adequado”
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Como prevenir?
Quanto à prevenção, o Dr. Fabiano Brandão destaca aqui três dicas simples que podem fazer toda a diferença em casa, evitando possíveis crises:
Mantenha o ambiente limpo e livre de poeira. Utilize aspiradores com filtros HEPA, lave roupas de cama com frequência e evite carpetes no quarto do bebê.
Evite contato com animais de estimação. Caso o bebê seja alérgico aos pelos de animais, é recomendado manter os animais fora do quarto do bebê.
Use um umidificador. Em ambientes secos, o uso de umidificadores pode ajudar a aliviar a congestão nasal e melhorar a respiração do bebê.
Fonte: Dr. Fabiano Brandão, otorrinolaringologista do Hospital Paulista – Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial e Foniatria.