Seu filho vai ter que receber a anestesia geral e você está tenso com isso? Saiba que o procedimento evoluiu e a cada dia está mais seguro.
Anestesia geral é um fantasma que assombra os pensamentos de papais e mamães que recebem a notícias de que seu bebê precisa ser operado. Sempre surgem diversas dúvidas sobre como vai ser aplicada a anestesia, quanto tempo a criança ficará desacordada e quais são os riscos.
Segundo o Dr. Pedro Paulo Vanzillotta, Chefe do Serviço de Anestesia do Hospital Municipal Jesus – RJ, na grande maioria das vezes a anestesia é feita por meio de inalação. “O paciente respira em uma máscara onde são aplicadas doses controladas de anestésicos gerais. A partir daí vai perdendo a consciência, assim como a sensibilidade” explica.
A anestesia geral, como qualquer procedimento médico, apresenta riscos. Sabe-se que alguns fatores de risco estão relacionados com a idade. Pacientes menores que 1 ano, normalmente só são operados caso o procedimento não possa ser adiado. Quando há outras doenças presentes que aumentem as complicações, os riscos de problemas na anestesia também são maiores. Segundo o Dr. Vanzillota, bebês maiores que 1 ano e sem doenças associadas à cirurgia, têm um risco infinitamente menor de apresentar complicações durante a anestesia.
Atualmente, os equipamentos utilizados tanto para aplicação da anestesia, como para monitorar seus efeitos, combinados com a evolução do conhecimento médico na área de anestesiologia pediátrica, fazem com que os riscos de complicações fiquem extremamente baixos. “Segundo estatísticas internacionais, as complicações de maior gravidade ocorrem numa frequência aproximada de 1 para 30.000 a 50.000 procedimentos anestésicos” diz o especialista.
Não há como saber se o seu bebê terá ou não complicações na anestesia, não existem exames que detectem alguma predisposição ao medicamento. O indispensável é a avaliação clínica feita pelo anestesiologista antes da cirurgia. Ele é quem decidirá se há indicação para realizar algum exame laboratorial antes da anestesia ser aplicada. Para ficarem mais tranquilos, os papais devem buscar essas informações e esclarecimentos com antecedência e atender as orientações pré-operatórias (preparo, jejum etc) da equipe cirúrgica escolhida.