Agosto Dourado”, mês escolhido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para conscientizar a sociedade sobre os benefícios da amamentação. O leite materno é o melhor alimento para qualquer bebê, fonte de vitaminas, proteínas e outros nutrientes que contribuem para o sistema imunológico da criança.
“O colostro (primeira mamada) é fundamental para o sistema imunológico do recém-nascido. Geralmente, dura em torno de três a cinco dias, sendo substituído pelo leite maduro após esse período. Até dois terços das células do colostro são glóbulos brancos (leucócitos), que protegem contra infecções, além de ajudar o bebê a iniciar sua própria defesa. Os glóbulos brancos do colostro produzem anticorpos que neutralizam bactérias e vírus”, explica a infectologista pediátrica Cristiana Meirelles, da Beep Saúde, referência em vacinação e exames a domicílio.
A médica esclarece que amamentar não é benéfico apenas para a saúde da criança. “Para a gestante, o aleitamento materno é uma oportunidade de fortalecer o vínculo emocional com o bebê desde a gravidez, além de favorecer a recuperação pós-parto e auxiliar no controle do peso, ajudando na prevenção de complicações relacionadas à saúde, como diabetes gestacional e hipertensão”.
É fundamental que a gestante realize o pré-natal, para a prevenção ou detecção precoce de patologias maternas e fetais. Alguns dos exames essenciais que devem ser realizados durante a gravidez são: Hemograma completo, grupo sanguíneo e fator Rh, sorologia para sífilis (VDRL), glicemia em jejum, Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), sorologia anti-HIV, sorologia para toxoplasmose, sorologia para hepatite B, dentre outros.
Lembrando que as vacinas também são fundamentais para a proteção da mãe e do bebê.
Segundo Cristiana, as vacinas de rotina neste período são:
- Tríplice bacteriana acelular (dTpa) que previne difteria, tétano e coqueluche e deve ser administrada a partir da 20ª semana de gestação. Para aquelas mulheres com esquema incompleto de vacinação, há necessidade de mais doses;
- Hepatite B em 3 doses, naquelas gestantes não anteriormente vacinadas e suscetíveis à infecção;
- Influenza (gripe) quadrivalente, em dose única. Em situação epidemiológica de risco, especialmente para gestantes com alterações do sistema imunológico, pode ser considerada uma segunda dose a partir de 3 meses após a dose anual.
- Covid-19.
Já o NIPT (teste pré-natal não invasivo) pode ser feito em qualquer gestante, mas é principalmente indicado em casos de gestações que possuem um risco mais elevado de alterações cromossômicas. “É feito através de uma coleta de sangue da mãe, com análise do DNA fetal que avalia o risco de doenças cromossômicas e identifica o sexo do bebê. Detecta possíveis alterações como a síndrome de Down, síndrome de Edwards, síndrome de Patau, alterações dos cromossomos sexuais, como síndrome de Turner e síndrome de Klinefelter. A coleta deve ser feita a partir de 9 semanas de gestação, não devendo ser realizada antes”, afirma a especialista.
É preciso estar atento também aos fatores que determinam que a gestação é de alto risco, como: diabetes gestacional, gestação múltipla, hipertensão, idade da gestante (adolescentes a mulheres com mais de 35 anos), peso da mãe (excessivamente magras ou obesas) e ameaça de parto prematuro. Nestes casos, é fundamental o acompanhamento minucioso do médico assistente, com realização dos exames pré-natais no momento certo e adesão às orientações dietéticas, sobre atividades físicas, eliminação de fumo e álcool, dentre outras.
Fonte: Infectologista pediátrica Cristiana Meirelles, da Beep Saúde, referência em vacinação e exames a domicílio.