Embora a grande maioria acredite que a cura (ou melhora) para esse mal, aconteça com a simples aplicação de um caríssimo creme anti-celulite ou então com uma rotina intensa de exercícios, mas para farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), a resposta positiva só acontece associando diversos fatores.
Ele explica que como as temidas celulites estão nas células de gordura (adipócitos) abaixo das duas camadas superficiais da pele, epiderme e derme. “Esses adipócitos retém toxinas e água e assim, ficam maiores. Com esse aumento de tamanho afetam outras estruturas próximas, como os vasos sanguíneos. Vasos apertados resultam em menor circulação, consequentemente em menos oxigenação, assim como menor quantidade de nutrientes chegando à região. O resultado é o acúmulo de toxinas, resultando em inflamação, ou seja: na celulite”.
Jamar comenta que a ação de hormônios como o estrogênio favorece ainda mais o acúmulo de líquidos entre as células de gordura, deformando e deixam a pele ainda mais irregular. Assim, as fibras de sustentação que conectam a epiderme e a derme a uma camada mais profunda de músculos se enrijecem, impedindo a flexibilidade, que puxa a pele para baixo, resultando naquele aspecto de ‘casca de laranja’.
Para se livrar (ou amenizar) tudo isso, o especialista deixa sete dicas valiosas:
Água em abundância
Sem a quantidade adequada de água, o organismo sente dificuldade para eliminar a saída de toxinas e acaba se alimentando delas, resultando em corpo inflamado e ácido, terra fértil para a celulite. “Sempre que possível, a preferência deve ser para o consumo de água alcalina, com PH maior que 7”, avisa.
Combater radicais livres
Aqueles radicais livres que vem de fora para dentro, ou seja, os que são consumidos principalmente na alimentação com agrotóxicos, contém metais pesados. Esses metais como o mercúrio, chumbo, causam danos irreversíveis à nossa saúde e contribuem para a formação da celulite, entre tantos outros problemas. A dica então é apostar em vegetais verdes, limão, laranja, melancia, uvas, chá verde, chá preto, castanhas e melão.
Para temperar
Cúrcuma é um tempero ‘de ouro’ que pode ser acrescentado até nos shakes de frutas ou unido a suplementos alimentares. “Com ação termogênica, acelera o metabolismo e evita a formação dos nódulos”, comenta Jamar.
Óleo para usar
O conhecido óleo de coco possui ação direta no tratamento dos nódulos da celulite, mas o farmacêutico garante que as versões em cápsulas manipuladas e suplementos são melhores, já que assim o corpo absorve melhor as propriedades.
Creme para passar
Esse não é uma novidade no mercado, mas ainda é considerado um dos mais eficientes. São cremes manipulados a base do extrato de uma planta carnívora chamada Sundew (Drosera Ramentacea) que apresenta propriedades anti-inflamatórias e ajudam a eliminar toxinas e a acelerar o metabolismo, promovendo a queima de gordura e o fim da celulite. “Na porcentagem adequada, a planta proporciona a redução de até 12% da gordura localizada em um mês, conferindo um aspecto mais homogêneo à pele”, revela.
Cápsulas antioxidantes para tomar
Existem várias cápsulas antioxidantes que tem papel fundamental nessa batalha, porém uma chama a atenção, a capsula derivada do melão de Cantaloupe, também adquirida em farmácia de manipulação. Por ser rica em superóxido desmutase (SOD) e outros poderosos antioxidantes, faz com que haja repondo e estimulando a produção de antioxidantes pelo organismo, combatendo radicais livres, diminuindo a inflamação e a fibrose e estimulando a lipólise (quebra de gordura), ações fundamentais para a diminuição da celulite.
Alimentos proibidos de consumir
Farinhas refinadas, gorduras trans, doces em geral, refrigerantes e sucos industrializados.
Para finalizar, Jamar lembra que a combinação com dieta e exercício é fundamental, não só para quem tem o fim da celulite como foco, mas sim a saúde como objetivo principal. “O resultado só vem com a prática”, finaliza.
Fonte: Jamar Tejada Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES)