Por meio de suas redes sociais, a atriz Larissa Manoela compartilhou com seus seguidores que durante um exame de ultrassom descobriu que além de possuir endometriose, também tem síndrome do ovário policístico (SOP). Aos 20 anos, a famosa afirmou que o diagnóstico lhe trouxe um susto e que agora gostaria de levar mais informações sobre o assunto incentivando mais mulheres a buscarem um ginecologista.
Segundo a Diretriz Brasileira, 7% das mulheres em idade reprodutiva são atingidas pela SOP. Enquanto dados da Associação Brasileira de Endometriose, apontam que 10 a 15% de mulheres em idade reprodutiva podem desenvolver endometriose e até 30% podem se tornar estéreis.
O que é a endometriose?
De acordo com o Dr. Nilo Frantz, especialista em reprodução humana da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo, a endometriose é uma doença ginecológica crônica que afeta principalmente as estruturas reprodutivas como os ovários, nessa doença ocorre a implantação e o crescimento benigno de tecido do endométrio fora do útero, causando reações inflamatórias.
“O endométrio é a camada interna do útero que sofre alterações de acordo com estímulos hormonais, podendo aumentar ou diminuir a sua espessura durante o ciclo menstrual. No início do ciclo, o endométrio se descama, trazendo a menstruação. Quando o sangramento menstrual termina, o endométrio inicia novamente o seu processo de espessamento, até alcançar o pico máximo e novamente descamar”, explica o especialista.
Recentemente, a cantora Anitta anunciou que descobriu sofrer de endometriose e também realizou cirurgia para diminuir os transtornos da doença.
O que é a síndrome do ovário policístico?
Frantz explica que a Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio hormonal que leva à formação de cistos nos ovários, podendo apresentar tamanhos variados.
“Os principais sinais da doença são a menstruação irregular, alta produção de testosterona e a presença de microcistos nos ovários”, conta.
Para identificar o problema, podem ser realizados exames clínicos, laboratoriais e ultrassom transvaginal.
Como essas doenças afetam a fertilidade?
Ambas as doenças podem trazer às mulheres dificuldade para engravidar, por isso, é necessário um acompanhamento com um especialista para entender melhor o grau da doença na mulher e a gravidade dos sintomas para indicar o melhor tratamento.
Na SOP, de acordo com Frantz, uma das opções para quem busca engravidar é a indução da ovulação.
Já em relação a endometriose, o especialista explica como a doença pode prejudicar a fertilidade da mulher.
“O endométrio pode impedir a passagem do óvulo para o útero, provocar alterações nos hormônios responsáveis pelo processo de ovulação e na implantação do embrião. A endometriose também pode alterar a anatomia do aparelho reprodutor feminino, causando uma mudança de posição do útero, de modo que o espermatozóide não consiga chegar aonde precisa para que possa fecundar”, explica Frantz.
A endometriose pode causar uma má formação do feto, o aumento do risco de aborto espontâneo e uma gravidez ectópica. Por isso é importante ressaltar o acompanhamento médico durante todo o tratamento.
Fonte: A Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, constrói uma trajetória de credibilidade e sucesso. Sua história é repleta de inovação, de responsabilidade e, principalmente, de vidas. Fundada em 2003, com o propósito de unir inovação e responsabilidade com a Medicina Reprodutiva por meio da disseminação do conhecimento e promovendo a acessibilidade aos tratamentos.