Maus hábitos durante a infância podem prejudicar o rosto das crianças
Desde a infância, a preocupação que deve existir com a formação futura das arcadas dentárias é imprescindível. Na maioria dos casos, o uso de chupetas, mamadeiras, sucção de dedos, mordiscamento persistente de objetos e apertamento nos dentes são hábitos nocivos que podem interferir profundamente no crescimento da face e na correta disposição dos dentes.
As crianças, em sua fase de crescimento, adotam ou geram esses hábitos, os quais podem ter grande influencia e predispor, de forma severa, a ter “dentes tortos” (mal posicionados nas arcadas). “Para tal fato, deve existir uma rigorosa observação e preocupação por parte dos pais e devem ser tomadas iniciativas de tratamento precoce, ainda na idade pré-escolar, de 3 a 6 anos”, adverte o Dr. Gerson Köhler, especialista em Ortopedia Facial e Ortodontia.
Além de fatores como o excesso de sucção (chamada de sucção não nutritiva), os hábitos como uma posição inadequada ao dormir, questões posturais do corpo – principalmente da cabeça e pescoço – ou até dificuldades respiratórias, podem ter grande influencia à formação incorreta das arcadas e repercussões danosas também sobre a beleza do rosto. “O padrão da qualidade respiratória é considerado, hoje, a chave do crescimento normal da face humana. Se existir algum desequilíbrio da função muscular por causa da respiração inadequada (feita pela boca e não pelo nariz), podem ser causados sérios desvios do crescimento ósseo maxilar e mandibular”, explica Köhler.
Fora isso, o cuidado que deve existir não é apenas com as funções do corpo, mas também com problemas futuros que os maus cuidados podem trazer à criança. “Além da má formação, outros fatores que podem ser ressaltados são relacionados à auto-imagem e a auto-confiança. Se não existir um cuidado, esses desvios podem gerar um desfiguramento progressivo da face, mesmo por que o rosto é a área corporal mais suscetível a deformações, e, assim, deixar a criança refém de brincadeiras de mau gosto feitas pelos colegas”, conta o Professor Gerson.
Dentre todas, o melhor é não arriscar e procurar tratamento especializado em idade precoce para seus filhos. “O certo é iniciar os cuidados já a partir dos três anos de idade, o que não significa o uso imediato de aparelhos corretivos”, finaliza Gerson.