Recentemente, Larissa Manoela usou as redes sociais para informar que foi diagnosticada com a síndrome do ovário policístico.
Além da atriz, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que dois milhões de brasileiras em idade reprodutiva sofrem com a doença. Infelizmente, estes números são reais, já que este é um distúrbio hormonal muito comum.
Mas, embora seja comum, ainda há muitas dúvidas sobre a doença. Vamos lá! O que é a síndrome do ovário policístico? Ela é uma doença caracterizada pela presença de dois entre três sinais e sintomas descritos, sendo o primeiro a existência de microcistos periféricos ao ultrassom transvaginal com aumento expressivo do volume ovariano (imagem), segundo a presença clínica ou nos exames de sangue do aumento dos hormônios masculinos (androgênicos) como acne, aumento dos pelos e queda de cabelo, por exemplo. E o terceiro os distúrbios ovulatórios e no ciclo menstrual, como a ausência de ovulação espontânea e/ou ciclos irregulares e muito longos. Além disso é fundamental lembrar que além de hormonal, a síndrome é um distúrbio metabólico, associada a resistência ao hormônio insulina, e consequente aumento do risco de diabetes, distúrbios no colesterol, aumento do peso e aumento do risco cardiovascular nestas mulheres. Ainda, mesmo não sendo em todos os casos é muito comum sua associação com a infertilidade.
Além disso, quero destacar que não há uma causa exata para a doença, mas há hipóteses que seja decorrente de problemas em receptores relacionados à resistência à insulina e desequilíbrio hormonal.
Já o diagnóstico, é feito por meio dos sintomas e exames de ultrassonografia transvaginal e exames de dosagem hormonal coletados em amostras de sangue. Ressalto que, ao se deparar com qualquer sintoma da doença, a paciente deve procurar um ginecologista para realização de exames e a precisão do diagnostico.
Infelizmente, a síndrome do ovário policístico ainda não tem cura. Sendo assim, o tratamento é indispensável para controlar os sintomas e evitar o desenvolvimento de doenças mais graves como a síndrome metabólica e o câncer de endométrio.
Por fim, ressalto que com o uso de anticoncepcionais é possível controlar os sintomas. Além disso, alguns medicamentos podem ser adicionados ao tratamento para evitar o colesterol e a diabetes decorrentes da síndrome. Em casos mais delicados, nos quais a fertilidade da mulher é afetada, pode ser necessário o acompanhamento e tratamentos de reprodução Assistida, que podem variar desde uma indução da ovulação até a necessidade de fertilização in vitro.