A Criptorquidia, ou seja, a ausência de um ou dos dois testículos na bolsa escrotal, é uma situação relativamente comum na clínica pediátrica.
Para entender melhor este problema é preciso conhecer um pouco de sua origem.
Os testículos, órgãos masculinos responsáveis pela produção dos espermatozoides, são originados dentro do abdome do bebê, e perto da época do nascimento, “descem” para a bolsa escrotal, por um canal chamado “Conduto peritônio-vaginal”. Este canal se fecha normalmente, após a descida dos testículos. As alterações da posição normal dos testículos, ocorrem justamente entre a descida, e o fechamento deste canal. Não há uma causa definida, apenas hipóteses.
E quais são os problemas causados pela não descida do(s) testículo(s)?
Existe no menino a bolsa escrotal, pois os testículos precisam ficar a uma temperatura diferente do corpo humano, normalmente mais baixa. Se isso não ocorre, funções como a origem e a produção de espermatozoides ficam prejudicadas. E isso, segundo recentes pesquisas, já após o primeiro ano de vida. Sem contar ainda, a possibilidade de uma possível malignização.
Em resumo: Testículo fora da bolsa após 1 ano de idade, pode causar esterilidade e mais raramente câncer!
Após o diagnóstico existem vários métodos de tratamento, dependendo do caso.
Testículos móveis, mas que permanecem na bolsa maior tempo, podem ser somente observados. Nos outros casos existe a possibilidade de tratamento com hormônios próprios para crianças, e eventualmente o tratamento cirúrgico, em que o mesmo é fixado à bolsa escrotal, tratando definitivamente o problema.
O mais importante é o diagnóstico ser realizado o mais precocemente possível, visto que quanto mais rápido for instituído o tratamento adequado, menores serão as repercussões para o organismo. Este diagnóstico não depende apenas do médico. Crie o hábito de observar seu filho e evite problemas importantes e graves, lembre-se: . “Testículo ausente, perigo crescente…”