A pandemia não acabou e devemos proteger o binômio materno fetal e a melhor forma de controlarmos a doença, por enquanto, é a vacinação
No Brasil, no dia 27/02/23, foi iniciada a disponibilização da dose de reforço no esquema vacinal contra a COVID-19, com a vacina bivalente.
Essa é uma vacina com a metodologia de RNA mensageiro e que promove estímulo à proteção de imunidade contra o Sars-Cov2 original e contra mutações do vírus, particularmente contra a variante Ômicron e as suas subvariantes. Ela é considerada imunização de reforço, devendo ser aplicada em quem já recebeu esquema vacinal monovalente.
Deve-se ter em mente que, mesmo com esse reforço, o intuito da vacinação é evitar a doença grave e que ainda não se tem uma arma eficaz para a não aquisição da doença, em sua totalidade.
Segundo as normas estabelecidas pelo PNI – Programa Nacional de Imunização – o calendário de vacinação desta dose de reforço vai priorizar os grupos com maior risco de apresentarem doença grave. Como não há vacina para toda a população, pois o Brasil adquiriu e recebeu inicialmente 3 milhões de doses, o PNI estabeleceu fases de vacinação, confira abaixo:
Fase 1: teve início em 27/02/2023 e contempla idosos acima de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade; população indígena, quilombolas e ribeirinhos a partir de 12 anos.
Fase 2: Indivíduos acima de 60 anos, prevista para ter início em 06/03/2023.
Fase 3: Gestantes e puérperas, com início em 20/03/23.
Fase 4: Profissionais da saúde, a partir de 17/04/2023.
As vacinas bivalentes são seguras e eficientes, particularmente para evitar as formas graves da COVID-19. (https://aps.saude.gov.br/noticia/20425).
Como verificamos o aumento da razão de morte materna durante a pandemia de COVID-19, acreditamos ser função da SOGESP esclarecer os tocoginecologistas para que incentivem as gestantes e puérperas a receberem o esquema vacinal contra a COVID-19 já disponibilizado. Após ela ter recebido ao menos duas doses e até as quatro doses propostas no esquema inicial, devemos orientar que a mesma receba essa dose de reforço, assim que for disponibilizada, o que esperamos ocorrer brevemente. A pandemia não acabou e devemos proteger o binômio materno fetal e a melhor forma de controlarmos a doença, por enquanto, é a vacinação
Fonte: Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo – SOGESP
Rosiane Mattar, Silvana Maria Quintana, Vera Therezinha Medeiros Borges